quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

O Ladrão de Sombras


Autor: Marc Levy
Data de Publicação: Julho de 2011
Editora: Contraponto
Páginas: 173
ISBN: 978-989-666-114-4


No seu novo romance, Marc Levy conta a história de um rapazinho com um dom invulgar: ele consegue "roubar" as sombras das pessoas com quem se cruza. Ao princípio, acontece-lhe involuntariamente e isso chega a assustá-lo. Sempre que se cruza com alguém - seja um amigo, um inimigo ou um perfeito desconhecido -, a sombra da outra pessoa passa a segui-lo. Por vezes contra a vontade do rapaz, as sombras contam-lhe os mais profundos desejos, temores e aspirações das pessoas a quem pertencem. E o rapaz vê-se em mãos com um dom que traz uma grande responsabilidade: ao saber estes segredos, terá de ajudar as pessoas - ajudá-las a recuperar "essa pequena luz que lhes iluminará a vida". Durante umas férias de Verão à beira-mar, apaixona-se por uma rapariga muda, chamada Cléa, com quem comunica através da sua sombra. E a sombra deste primeiro amor acompanhá-lo-á durante anos… Mais tarde, o nosso "ladrão de sombras" torna-se estudante de Medicina, e debate-se com a questão de usar ou não o seu dom para ajudar a curar - tanto os seus pacientes como os seus amigos. Afinal, será ele verdadeiramente capaz de adivinhar o que poderá fazer felizes aqueles que o rodeiam? E ele próprio, saberá onde o espera a felicidade?
Um romance terno e divertido sobre os silêncios que assombram todos os nossos amores.



Já não é o primeiro livro que leio deste autor, e confesso que estava com receio de ler este,pois já tinha ouvido muita boas críticas, como também já tinha ouvido dizer que não era nada de especial.
E eu realmente não sei o que dizer acerca dele, quando o comecei a ler, fiquei logo maravilhada com a história e também me revi um pouco na personagem principal, pois também no tempo da escola primária era alvo da chacota dos colegas. Depois à media que ia lendo, ficava cada vez mais embrenhada na história e muitas vezes o que li me fez lembrar os desenhos animados que costumo ver com o meu filho "O Pequeno Nicola", enquanto a coisa decorria só na infância adorei a história.
Depois quando se passou para a vida adulta aquilo  começou um pouco a perder o brilho para mim, só o acabei de ler porque estava curiosa em como iria acabar.
Daí não saber muito bem ao certo se gostei ou não do livro.
Achei a personagem principal na vida adulta um pouco perdida e sem grande orientação, achei se parecia mais com uma criança que roubou o sonho ao amigo.
Mesmo assim é um livro de leitura fácil, com uma escrita simples e fluída que nos deixa presos logo no início.
Quero agradecer à minha amiga Clarinda do blogue Ler é Viver, pelo empréstimo, deste e do livro que li anteriormente.


quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Feitiços


Autor: Aprilynne Pike
Data de Publicação: Março de 2011
Editora: Contraponto
Páginas: 294
ISBN: 978-989-666-052-9


Seis meses após ter salvaguardado a terra onde se encontra o portal de Avalon, Laurel tem de regressar ao reino das fadas para passar o Verão, a fim de aperfeiçoar as suas habilidades como fada do Outono. Contudo, a família e os amigos ainda se encontram em risco - e a entrada para Avalon está em perigo, agora mais do que nunca.
No momento em que impreterivelmente tem de proteger aqueles que ama, Laurel tem de aliar os seus dotes feéricos ao que há de humano em si para conseguir combater o inimigo. Nesta batalha, irá Laurel pedir ajuda a David, o seu namorado humano? Ou recorrerá ao magnetizante Tamani, por quem sente uma atracção irresistível? E será o coração de Laurel feérico, ou já demasiado humano?




Já faz algum tempo que li o primeiro livro e confesso que só me lembrava da história muito por alto, mas assim que comecei a ler este aos poucos fui-me lembrando do anterior.
Basicamente este livro segue a mesma linha do outro, é Laurel a tentar conciliar os dois mundos a que pertence e ver se não descura nenhum deles, mas como se vai aperceber não vai ser nada fácil de fazer.
Pelo meio como quem não quer a coisa anda um elfo muito enamorado pela Laurel, Tam que anda em constante ansiedade para que Laurel volte a Avalon, ou que simplesmente apareça para a ver e tentar que ele deixe David e fique com ele.
Depois há David que não gosta da presença de Tam, visto que se sente ameaçado pela sua presença, sabendo da sua paixão por Laurel.
Mais uma vez vamos ter Barnes atrás da Laurel para que ela lhe diga a localização do portão que dá acesso a Avalon, para lhe achar a atenção e fazê-la sair do seu refúgio, a sua casa, decide raptar a sua melhor amiga Chelsea, visto que já tinha tentado capturar Laurel quando foi à festa do namorado da amiga e não foi bem sucedido, pois apareceu uma nova personagem Klea, uma personagem que mostra muito pouco interesse em desvendar a sua identidade, que parece ter um interesse muito grande em trolls, o que faz com que Laurel se retraía e ache que não seja de confiança.
No final do livro temos uma espécie de reconciliação de Laurel com a mãe, pois desde que Laurel descobriu que era uma fada e colocou os pais a par disso a mãe parece ter ficado com algumas reticências em relação aos sentimentos e à própria relação que tinha com a filha, levando-a a questionar-se se não estaria a deixar a mãe pouco à vontade com a sua nova faceta.
Mas depois do que aconteceu com Chelsea Laurel decide não esconder mais nada dos seus pais e então conta-lhes tudo acerca dos trols, de Avalon,  e do se passou verdadeiramente a quando do interesse de Barnes pela propriedade, e o que se encontra lá.
Achei um livro de leitura fácil embora por vezes gostasse que a acção acontece-se mais depressa e não levasse tanto tempo a passar-se à verdadeira acção.
Veremos o que nos trás o volume seguinte.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Uma Noite de Amor


Autor: Mary Balough
Data de Publicação: Fevereiro de 2012
Editora: Edições ASA
Páginas: 366
ISBN: 978-989-23-1235-4~



Numa manhã perfeita de Maio…
Neville Wyatt, conde de Kilbourne, aguarda a sua noiva no altar. Mas, para espanto geral, em vez da bela jovem que todos conhecem aparece uma mendiga andrajosa. Perante a nata da aristocracia, o perplexo conde olha para ela e declara que é Lily, a sua mulher! Ao olhar para aquela que em tempos desposou, que amou e perdeu nos campos de batalha de Portugal, ele compromete-se a honrar o seu compromisso… apesar do abismo que agora os separa.
Até que Lily fala com franqueza…
E afirma querer começar de novo… e que Neville a ame verdadeiramente. Para isso, sabe que terá de estar à altura das expectativas dele, o que a leva a aceitar ser dama de companhia da sua tia e aprender as boas maneiras. A determinada Lily rapidamente conquista a admiração da alta sociedade, demonstrando ser uma condessa à altura do seu conde. Por seu lado, Neville está disposto a tudo para provar à sua formidável mulher que o que sentiu por ela no campo de batalha foi muito mais que desejo, muito mais do que o arrebatamento de…
Uma noite de amor.



Bem mais uma linda história de amor. Este livro foi a minha estreai com esta autora e estou mesmo desejosa de ler o seguinte.
O tema deste livro é a história de amor entre a doce Lily e o major Neville Wyatt, que se conhecem numa altura de rebeldia por parte do major e que desde daí as suas vidas ficam entrelaçadas e quando pensam que já não se irão ver tudo volta a acontecer.
Duas almas que de início ficaram juntas pela guerra, e separadas pela mesma guerra, e se saberem que tanto um como outro anseiam pelo reencontro.
O major preso da angústia de ter perdido a sua Lily, prepara-se para ficar preso num casamento sem amor, em que os laços que perduram são os da amizade e camaradagem, que sempre existiram entre ele e a sua prometida, mas pode-se dizer que foi salvo pela sua Lily que apareceu no momento mais oportuno para a felicidade de ambos.
As personagens ao longo da história vão nos contando o que aconteceu entre Lily e o major na dita guerra, e como isso alterou tudo na suas vidas, e mais espantoso ainda no final Lily revela-se ser afinal uma dama de nascimento, estando no nível acima do major,e não inferior como se pensava, mas ainda não fica por aqui, por detrás de tudo isto ainda se esconde um segredo com quase 21 anos.
Ao longo da história vamos acompanhando o desabrochar de Lily, e isso deixa-nos a pairar de felicidade.
Todas as personagens têm os seus problemas interiores, Lily mais que os outros, pois não se encaixa no mundo de Neville e sente-se perdida sem saber que é, mas isso não fica por aqui pois a sua identidade ainda vai dar muitas voltas, já para não falar do que ela passou no cativeiro.
Mas com a ajuda de todos os amigos e dos novos parentes, já para não falar do amor de Neville vai ajudá-la a ultrapassar tudo e viver a sua vida feliz ao lado de quem mais ama.
Certas descrições de paisagens deixam-nos maravilhados, e o livro tem uma cadência e uma história contada de maneira simples, numa escrita fluída que nos deixa encantados logo no início, levando- nos a pairar ao longo do livro.
O final deixa-nos tão alegres e risonhos.

domingo, 27 de janeiro de 2013

ISF - Antologia Anual 2012


Brevemente: Antologia anual ISF com os contos que saíram nas ISF durante 2012.

Os meus parabéns aos intervenientes do projecto.
Capa fabulosa. 

sábado, 26 de janeiro de 2013

Encontro na Provença


Autor: Elizabeth Adler
Data de Publicação: Junho de 2011
Editora: Quinta Essência
Páginas: 361
ISBN: 978-989-8228-57-4



No Sul da França, os segredos serpenteiam pelo campo ensolarado como os ramos das videiras - e como um bom vinho, tornam-se melhores a cada ano que passa. Mas Franny Marten sabe pouco desse mundo. Tudo o que serpenteia através da sua pequena casa de campo na Califórnia é o sonho de se apaixonar. Franny pensava que o sonho podia tornar-se realidade - até que conhece a mulher do seu amante! Mas, quando começa a sentir que o seu coração já ficou destroçado demasiadas vezes, Franny recebe uma carta misteriosa que muda tudo... A carta é um convite para uma reunião da família Marten num château na Provença. Sabendo pouco sobre a família, Franny decide arriscar e faz as malas para a aventura de uma vida. A sua decisão de ir a França irá empurrá-la para um mundo na orla do tempo, onde o azul do Mediterrâneo se mostra ao longe com a promessa de que tudo é possível. E quando Franny descobre por que motivo o destino a levou à Provença, vai finalmente entender que quando se trata de amor, às vezes nem tudo é o que parece. Às vezes, é ainda melhor...



Já não é o primeiro livro que leio desta autora e se não estou em erro houve só um que não me cativou por aí além, mas este foi desde o início uma maravilha.
O livro fala de uma senhora rica que depois de muitas peripécias da vida se encontra sozinha e a solidão começa a pesar-lhe e então resolve reunir os familiares que lhe restam e os verdadeiros amigos para passarem umas agradáveis semanas na sua herdade.
Adorei este livro logo de início, somos cativados pela simplicidade e ternura de Franny, que tem uma história também muito sofrida.
A escrita da autora é simples e fluída que nos leva a descontrair e quando damos por isso já vamos quase no final do livro.
Todas as personagens parecem muito reais, cada uma tem no passado certos segredos que se vêm obrigadas a resolver e muitas vezes a contar para puderem seguir em frente.
E mais uma vez as descrições das paisagens feitas pela autora deixa-nos a flutuar e com vontade de conhecer essas paisagens.
Mas neste livro não encontramos só simplicidade há também uma intensa rede de mistérios e intrigas que andam à volta dos filhos da dona do Château, que se resolveram no final, deixando o leitor em suspense ao longo do livro com pequenas passagens que aos poucos vão elucidando outra vez enredando ainda mais toda a trama.
O final é simplesmente maravilhoso, lindo daqueles que deixa um calorzinho no coração e uma pessoa a flutuar literalmente.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

O Processo

O Processo



Autor: Franz Kafka
Data de Publicação:
Editora:
Páginas:
ISBN:


Sinopse

Um belo dia a existência pacata de Joseph K., um bem-sucedido gerente bancário, vê-se abalada quando três homens entram no quarto da pensão onde reside para o prenderem. Não sabe quem o mandou prender nem muito menos do que o acusam — sabe apenas que está envolvido num processo obscuro e absurdo que o leva a percorrer as secretarias labirínticas nas quais decorre a instrução, conduzida por juízes menores cuja única incumbência é inquiri-lo.

Todos aqueles com quem Joseph K. se cruza parecem saber mais do seu processo do que ele, e quanto mais K. se esforça por se livrar do estranho processo, mais se vê envolvido nele.

Escrito em 1914, O Processo acabaria por ser editado apenas depois da morte de Franz Kafka, em 1925.


Não é uma obra simples nem deverá ser lida a correr, sem a devida atenção. A escrita não é complexa e qualquer leitor consegue facilmente ler a obra, mas para a "ler" mesmo, terá de lhe dedicar tempo e saborear, sem pressas nem correrias, cada capítulo. Pela escrita fiquei rapidamente fascinada, achei-a mesmo uma das mais belas e melodiosas que tive o prazer de ler. Cada frase, comentário e/ou descrição tem um propósito, e todo o texto é fluente, não obrigando ao leitor a parar e a fazer releituras. Neste ponto é preciso felicitar a tradução que eu li, porque também influenciou a leitura pela positiva.

Estas características tornam por isso, todo o texto intenso. Não se consegue simplesmente ler e andar para a frente, porque cada frase é importante. Sobre a história haverá muito a dizer, e haverá diferentes interpretações. 

Uma burocracia excessiva e quase irracional, levada por Kafka ao extremo, será o tema principal da obra. Joseph K. personagem principal do livro é acordado, inesperadamente, por dois agentes da autoridade que o levam a um estranho interrogatório, no quarto ao lado e onde lhe é comunicado que lhe foi instaurado um processo. 
Assim começa o Processo, que levara K. às descobertas mais mirabolantes que se possa imaginar, e isto sem nunca se saber de que é que K. é acusado. Até porque não é disso que se trata a obra, Kafka não quer que o leitor se distraia com os pormenores, de que é que K. é acusado, ou se tem culpa, ou não, ou até a idade de K. 

Cada capítulo descreve-nos K. num novo ambiente, a conhecer personagens novas, e sempre relacionadas com o seu "sempre presente" Processo. Ao tempo que o tempo passa K. não consegue evitar que o Processo tome conta da sua vida, o que inicialmente ele entende como um mal entendido, que rapidamente seria resolvido, com o passar do tempo, torna-se omnipresente em tudo o que faz. Cada capítulo parece-nos quase um sonho de K., ou mais parecido com um pesadelo. Buscando sempre por uma solução, uma resposta ou uma ajuda. Mas sempre se afastando da senilidade, até que vemos K. a conformar-se. Sente-se impotente e incapaz de encontrar uma qualquer lógica em todo o Processo e assim deixa-o andar.

Fiquei bem impressionada com toda a obra e tenho pena que a obra não tenha sido terminada por Kafka, contudo é uma obra que deve ser lida.


Curiosidades: Em 1998 o manuscrito de "O Processo" foi a leilão e viria a ser adquirido, pelo equivalente a cerca de milhão e meio de euros, pelo Ministério da Cultura alemão, ficando depositado na Biblioteca de Marbach am Neckar no estado de Baden-Württemberg. Tal como cá nunca acontecerá.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

O último Oráculo



Autor: James Rollins
Data de Publicação: 2009
Editora: Difel
Páginas: 434
ISBN: 978-972-29-0928-0



Em Washington, D.C., um sem-abrigo morre nos braços do comandante Gray Pierce, atingido pela bala de um assassino. Mas a morte deixa para trás um mistério ainda maior: uma moeda ensanguentada encontrada na mão fechada do morto, uma relíquia antiga relacionada com o oráculo grego de Delfos. Enquanto perseguidores implacáveis procuram o artefacto roubado, Gray Pierce descobre que a moeda é a chave para desvendar uma conspiração que remonta à Guerra Fria e ameaça a própria fundação da Humanidade.
Desde os templos da Grécia antiga aos mausoléus mais deslumbrantes, dos bairros pobres da Índia às ruínas tóxicas da Rússia, dois homens têm de correr contra o tempo para resolver o mistério que remonta ao primeiro grande oráculo da História - o oráculo grego de Delfos.
Mas uma questão permanece: Será o passado suficiente para salvar o futuro? Mestre na arte de combinar a intriga histórica e religiosa com as aventuras mais alucinantes, James Rollins traz de volta a Força SIGMA para combater um grupo de cientistas sem escrúpulos que lançaram um projecto de bioengenharia capaz de conduzir a Humanidade à sua extinção.


Por vezes até me esqueço como são tão envolventes e cativantes os livros deste autor.
O tema desta vez, pelo menos acho que todos os que li os deste autor os temas que aborda são em certo sentido polémicos, fala do testes feitos em crianças com autismo, e pelo que percebi tinham algo a ver com os testes que já tinham começado a ser feitos por um dos cientistas de Hitler.
Utilizavam as capacidades extraordinárias destas crianças em certas matérias para tirarem proveito das situações.
Adorei, já há algum tempo que não lia um livro deste género, e no início foi um pouco difícil entrar na história, pois anteriormente tinha lido mais romances, mas assim que apanhei o "embalo" digamos assim,era difícil ter de o largar.
A parte que mais gostei foi quando andavam a explorar as antigas ruínas, que só o povo de Punjabe sabia da existência.
Acho que as personagens são bastante reais e convincentes, todas andam ou à procura de algo, ou alguém, ou têm um problema que gostavam de ver resolvido.
Surpreendeu-me pois pensei que o livro fosse baseado em ficção, mas pelo que li no final não é bem assim.
Pena os livros deste autor serem tão difíceis de encontrar visto que a editora faliu, e parece que não existe ninguém disponível para os colocar novamente no mercado.
Por último, mas não menos importante quero pedir desculpas ao meu amigo Paulo do blog Clube dos Livros e demorar na leitura, muito obrigado Paulo por esperar estão pacientemente.


segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Boa semana...


E como nem todos temos a sorte dos gatos, 
os meus dormem sossegadamente em casa, 
uma boa semana de trabalho para todos.



sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

O País do Carnaval


Autor: Jorge Amado
Data de Publicação:
Editora:
Páginas:
ISBN:




Publicado em 1931, "O País do Carnaval", foi o primeiro romance de Jorge Amado. Considerado o melhor romance desse ano, revela já o talento do novo escritor, na época com 18 anos, e as suas dúvidas e descobertas condensam-se neste livro sobre o cepticismo dos intelectuais brasileiros, sobre um país sem princípios éticos e sem preocupações filosóficas ou políticas.
Seguiu-se "Cacau", em 1933, romance que conta a vida dos trabalhadores das plantações de cacau do Sul da Baía, as suas dificuldades e sofrimentos, a opressão de que eram vítimas. Um escritor em fase de amadurecimento que confessa o seu desejo de contar a vida dos trabalhadores «com um mínimo de literatura e um máximo de honestidade».
"Suor", terceiro livro de Jorge Amado, escrito em 1934, é uma crítica contundente à sociedade de classes e à exploração do homem pelo homem, um documento vivo e incisivo sobre a vida do proletariado urbano da cidade de São Salvador.
Três romances que deixam transparecer uma grande emoção, uma aspiração profunda pela justiça social e um desejo genuíno de lutar em defesa dos oprimidos.



"O País do Carnaval" descreve-nos a chegada de um jovem estudante de direito, que após os seus estudos em França volta para a sua terra natal. A obra gira em torno da sua chegada ao Brasil, da percepção dele do seu país natal e das amizades que ele cria. É assim que seguimos as conversas e discussões entre um conjunto de intelectuais amigos (dos meados do séc. XX), cujo tema fulcral é a "busca" da felicidade. O que é preciso para ser feliz? As conversas são interessantes e o desenvolvimento de cada personagem também nos traz perspectivas engraçadas sobre como se chega à felicidade. Pelo amor? Pela religião? Não procurando nada? 
Muito engraçado, mas nada de original. As semelhanças sociais e culturais que a obra descreve, entre portugueses e brasileiros, são tantas que ficamos por vezes a questionar qual a sociedade que Jorge Amado estava a descrever. 




quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

As Novas Meninas dos Chocolates



Autor: Annie Murray
Data de Publicação: Março de 2012
Editora: Edições ASA
Páginas: 459
ISBN: 978-989-23-1774-8


Na sua juventude, Edie, Ruby e Janet partilhavam sonhos enquanto se dedicavam à deliciosa tarefa de fazer chocolates na famosa fábrica Cadbury, em Inglaterra. Duas décadas depois, o mundo está radicalmente diferente e as vidas das amigas também. Agora, a geração seguinte está a crescer e a enfrentar os seus próprios desafios.
Greta, a filha da temperamental Ruby, é tão bela quanto infeliz. A sua vida familiar foi sempre instável, o que a levou a procurar refúgio junto das suas amigas, na fábrica de chocolates Cadbury, onde também trabalha. Mas tudo vai piorar com o regresso da sua detestável irmã, Maureen. E assim, enquanto Inglaterra vive a euforia da louca década de 1960, Greta precipita-se para um casamento que rapidamente destruirá os seus sonhos românticos. Grávida e sem-abrigo, é acolhida pela maternal Edie e pelo marido, Anatoli. Mas o amor e segurança deste refúgio em breve serão despedaçados por uma tragédia que mudará as suas vidas para sempre…
Uma heroína inesquecível, uma história de destinos cruzados, segredos antigos… e um amor capaz de mudar tudo.


Tal como o volume anterior, é uma história muito boa, muito envolvente, em que encontramos as mesmas personagens, mas mais velhas e com outras responsabilidades, e vamos acompanhá-las numa nova fase das suas vidas.
Algumas das personagens continuam com os seus problemas interiores, outras têm novos problemas interiores e tentam resolvê-los, por vezes fazendo asneiras das quais mais tarde se arrependem, mas que só os faz aprender e conhecer melhor os seus sentimentos e as suas ambições.
Acho que neste volume Eddie passar a fazer um papel tipo o que desempenhado pela Frances do volume anterior.
Neste livro chorei aba e ranho de tão emotivo e fascinante, já sem a maldição da guerra mundial a pairar pelas suas vidas. Embora com David a coisa se complique e tenha de lutar por um país que cada mais se questiona se será realmente o dele.
É um livro grande mas que se lê muito bem e nos deixa no final com o coração aconchegado.
Quero agradecer novamente à minha amiga Carla Faleiro do blog Café de Letras.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

A Sabedoria Viva do Antigo Egipto


Autor: Christian Jacq
Data de Publicação: Novembro de 1998
Editora: Bertrand Editora
Páginas: 159
ISBN: 972-25-1076-2


Egiptólogo apaixonado, romancista célebre, Christian Jacq apresenta-nos os mais belos textos da sabedoria egípcia: palavras de faraós ilustres ou de escribas anónimos, inscrições profanas ou religiosas, convidam-nos a mergulhar no eterno mistério do Antigo Egipto.


Um pequeno grande livro com algumas frases tiradas do estelas funerárias, papiros, inscrições em templos, etc.
Uma boa maneira de conhecer um pouco melhor as ideologias dos antigos egípcios.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Tardes de Chuva e Chocolate


Autor: Amalia Decker Márquez
Data de Publicação: Setembro de 2006
Editora: QuidNovi
Páginas: 271
ISBN: 978-972-8998-31-8



Das lutas pelas utopias às vivências sensuais e eróticas das protagonistas, esta é a saga de uma família de mulheres ao longo de todo o século XX, entre a Europa das guerras e a Bolívia das revoluções. As histórias das suas pequenas epopeias e dos seus prazeres secretos compõem um romance fascinante que não perde o ritmo da primeira à última página.



Este livro deixou-me com opiniões contrárias, umas vezes a leitura era fluída, outras especialmente quando começava a falar sobre as revoltas na Bolívia, que é o país de fundo deste livro, a coisa começava a entediar-me e era penoso avançar na leitura.
Mas por outro lado quando se falava na história da família nos seus percalços,aventuras amorosas e segredos adorava perder-me nas páginas do livro.
De qualquer das maneiras achei um bom livro.
As personagens parecem todas ter sempre um segredo ou um ou outro problema para resolver interiormente, mas que na mais das vezes não conseguem superar.
O mundo das personagens divide-se em duas fases: uma delas quando estão na casa de campo, digamos assim, onde estão as plantações e onde moram a maior parte do ano, e a casa da cidade, onde vão quando é no tempo da escola, ou quando se preparam para fazer alguma viagem.
A história é nos contada ao longo das gerações  tendo maior relevo nos primórdios da instalação dos bisavós da narradora na herdade de Puca-Puca, chegando aos nossos dias mas com menos desenvolvimento.


segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

O Físico Prodigioso

O Físico Prodigioso

Autor: Jorge de Sena
Data de Publicação: 2011
Editora: Levoir
Páginas: 137
ISBN: 9789896821678


Sinopse

«Símbolo da liberdade e do amor», nas palavras do seu autor, O Físico Prodigioso é uma obra de 1964 aqui apresentada segundo a reedição de 1977. Novela fabulosa, bebe na tradição do conto fantástico português, mais concretamente no Orto do Esposo, selecta anónima do século XV, inspirando-se em dois episódios narrativos dela constantes, amplificando-os e enriquecendo-os. Nesta obra, mais uma vez Jorge de Sena se nos revela como escritor plural, criando um ambiente medieval, religioso e mítico, evocando cantigas de amigo e sublimando um texto marcado pelo erotismo, breve marca do humano, punida pela moralidade vigente.»


O Físico Prodigioso, é uma novela, publicado pela primeira vez em 1966 na colectânea "Novas Andanças do Demónio", baseada em duas lendas tradicionais portugueses e com forte enraizamento no Fantástico nacional. Passado numa época medieval, tem o diabo como figura central da trama, sem que este seja uma das personagem presentes. Pode-se dividir a novela em três partes a nível de acção e evolução das personagens e é muito interessante como em cada parte, as personagens "principais" perdem importância e como o diabo surge cada vez mais como o centro da acção.

Gostei principalmente do domínio da escrita do autor, assim como gostei da introdução de alguns elementos eróticos, mas sempre com bom gosto e de um modo bastante interessante. Tem várias características, quer ao nível temporal, alguns recuos no tempo, quer da estrutura da novela que me agradaram, contar o mesmo acontecimento de duas perspectivas diferentes ao mesmo tempo, que enriquecem a narrativa.

Gostei e estou curiosa por ler algo mais do autor.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Sol à Meia-Noite



Autor: Rosie Thomas
Data de Publicação: Dezembro de 2006
Editora: Saída de Emergência
Páginas: 383
ISBN: 978-972-8839-65-9


Até onde estava disposta a ir para guardar um segredo? Um romance épico de amor, coragem e segredos ocultos, numa visão autêntica do coração humano.
ALICE é uma Geóloga pragmática. Mas quando a sua relação com o artista Peter Brown termina de forma súbita, ela é forçada a avaliar a sua própria vida pela primeira vez.
Agora encontra-se a bordo de uma embarcação chilena, enquanto à sua frente se revela uma paisagem inóspita. Após o fim da sua relação, ela aceitou um convite para acompanhar uma expedição ao local mais inóspito da terra: a Antártida.
JAMES ROOKER é um homem sempre em fuga. Deixando mulheres e amores para trás, chegou ao ponto onde não pode fugir para mais longe. Aceitou um trabalho na mesma estação de investigação da Antártida.
Alice descobre um mundo azul e branco, permanentemente iluminado pela luz do sol. Nada a tinha preparado para esta beleza agreste. Muito menos para sentir uma atracção tão forte por um homem. É na Antártida que irá descobrir algo que mudará a sua vida para sempre... se sobreviver.


Ai suspiro profundo, quando comecei a ler este livro tive medo que fosse do mesmo género que "Branco" da mesma autora que eu já li e do qual não gostei nada. Como "Branco" em a ver com um grupo de pessoas que vai fazer uma escalada, e como este tem a ver com uma expedição à Antárctida pensei que ia ser maçador como o outro, mas nada disso nem se compara.
Adorei o livro de início deixa-nos logo como que eléctricos para sabermos sempre um pouco mais e chega a um certo ponto em que por mais que tentemos não conseguimos largar, dei por mim a ler desde as 19.30 com pausa para jantar até às 1 da manhã.
Houve uma altura perto do fim em que pensei isto não vai acabar como estou à espera vou-me desiludir mesmo no  final, mas mesmo no final voltou a surpreender-me e tal não aconteceu, dei por mim frenética para lhe voltar a pegar para terminar a leitura e saber realmente o que se iria passar.
Adorei seguir a história da geóloga Alice Peel, desde que que a narrativa começou até ao final, por vezes dei comigo a pensar que gostava de ser como ela em certas partes como tentar levar certas decisões mesmo até ao fim.
Já para não falar no misterioso Rooke, adorei o homem desde o início, o tal bad boy por quem todas temos um fraquinho. Que no final revelou-se ser menos bad que aquilo que dava a entender.
As personagens pelo menos as principais têm os seus problemas interiores e dúvidas que no caso de Alice tentam resolver para puder seguir em frente e no caso de Rooke tentam esquecer para poder continuar.
As descrições da paisagem na Antárctida fazem com que fiquemos a vê-las no interior da mente, e quando a mim posso dizer que me embrenhei de tal forma na leitura que dei por mim a sentir o frio descritivo e a gelar e ir-me enfiar na cama só para me aquecer e puder continuar com a leitura.
Aos poucos as personagens principais vão deixando a descoberto o seu mundo, a sua história deixando-nos a pensar como tudo aquilo se relacionava com certas decisões e passagens da narrativa.
Na parte em que Rooke passa por herói emocionei-mede tal forma, que chorei, e voltei a sentir a sensação do que é ser-se mãe pela primeira vez.
Não sei que mais dizer só que é um livro que deve ser lido.



sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

As Meninas dos Chocolates


Autor: Annie Murray
Data de Publicação: Outubro de 2011
Editora: Edições ASA
Páginas: 492
ISBN: 978-989-23-1613-0



Edie, Ruby e Janet são amigas e dedicam-se a fazer chocolates na famosa fábrica Cadbury, em Inglaterra. As suas vidas poderiam ser de sonho, não fossem as atribulações familiares e a eclosão da Segunda Guerra Mundial.
Edie casa muito jovem. A sua fé no futuro é ilimitada mas o destino tem outros planos para ela. Com apenas dezanove anos, Edie enfrenta a guerra sozinha e tomada pela dor após a perda do marido e do filho. Até que uma noite, durante um bombardeamento, uma criança abandonada é deixada ao seu cuidado…
Entretanto, a sua jovial amiga Ruby, apesar do medo de ficar solteirona, acaba por se casar com Frank, desconhecendo o seu carácter temperamental.
E há também Janet - inteligente, bondosa e atraída pelos homens errados. Profundamente magoada pela sua última relação amorosa, Janet está convencida de que nunca mais se apaixonará.
Mas David, a criança que Edie acolhe, conquista o coração de todos. E quando tem idade suficiente para questionar a sua verdadeira identidade, David vai novamente transformar as suas vidas e proporcionar-lhes algo com que nunca sonharam …
Três mulheres cujas vidas são marcadas pela amizade, a guerra e o amor por uma criança.


O título deste livro levou-me um pouco ao engano, pensei que contava a história de umas mulheres que tinham aberto uma fábrica de chocolates, feitos por elas.
Mas tal revelou-se não ser nada disso eram chamadas as meninas dos chocolates porque trabalhavam na fábrica da Cadbury, e o tema do livro centra-se na vida dessas três raparigas que de início o que tinham em comum era trabalharem no mesmo sítio, mas que ao longo da narrativa se tornaram grandes amigas.
Adorei, este livro é daqueles que nos prende logo no início, a história por vezes torna-se bastante dura visto que se passa no período da Segunda Guerra Mundial, e há partes muito fortes. A escrita é simples e fluída, as personagens são cativantes, cada uma com os seus problemas interiores e digamos exteriores, que com a ajuda umas das outras tentam superar.
Todas têm pelo menos um segredo, que conforme vão ganhando confiança umas com a outras vão contando e no final todas parecem estar bem.
Realmente pensei que um livro tão grande ia ser muito maçudo, mas não torna-se muito fluído e quando o comecei a ler tive de me obrigar a parar e li logo metade de uma vez.
Conforme a história via avançando e chegamos à parte mais crítica da guerra é nos descrito como ficaram as ruas bombardeadas, como as pessoas se uniam e se refugiavam em abrigos e igrejas, e que havia voluntários para levar feridos ao hospital e os que perdiam as casas aos centro de acolhimento.O final tem o seu quê de tristeza, mas também uma réstia de alegria, mais não digo porque vale bem a pena lê-lo, pois é muito bom.
Um muito obrigado à minha amiga Carla Faleiro do blog Café de Letras que mo emprestou.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Em Espera... 2013



E o que temos então para 2013? Como podem imaginar, o que não falta são livros que quero ler e que se vão amontoando nas prateleiras e na mesinha de cabeceira. E como também já começa a ser hábito, gosto de fazer listas, mesmo que sejam para não cumprir e só ler 1/3 do planeado. Qual é o objectivo, perguntam vocês? Ora, é andar a ver novos títulos, relembrar obras que nos interessaram em dada altura e que fomos adiando e pondo de lado, aprender algo de novo, conhecer novos autores, etc. Isto enquanto vamos construindo e pesquisando para construir uma nova lista.

Os planos para 2013 serão, ler (pelo menos) um autor português, um "clássico" (seja lá isso o que for) e um livro de ficção cientifica por mês. Para compensar o tempo despendido nestas obras, normalmente maiores e de leitura mais lenta, decidi introduzir um livro de "fast-reading" (para não lhes chamar fast-food), daqueles autores simpáticos, que não surpreendem, mas também não fazem mossa. Com isto, conseguiria facilmente atingir 2 dos desafios do ano e o terceiro (ler 52 livros) estaria bem lançado.

Para Janeiro os livros escolhidos foram:



Autor Português: Jorge de Sena





Clássico: Franz Kafka 




Ficção Cientifica: Phillip K. Dick




"Fast-Reading": Isabel Allende ou Jorge Amado 









Livros Lidos 2013

Como nos anos anteriores, cá fica o post para listar os livros lidos durante o ano de 2013. Os desafios serão os mesmo, apenas com ligeiras variações na quantidade.

Terei os habituais desafios de ler um total de 52 livros, que infelizmente o ano passado não foi atingido.
Ler pelo menos 5 portugueses, "muita" BD (contabilizar os álbuns de banda desenhada é demasiado trabalhoso) e 10 clássicos.

Desafios:

Ler 5 portugueses - 5/5
Ler 10 clássicos -1/10
Ler 52 livros durante o ano - 11/52

Ler 52 contos - 5/52


Janeiro
1) O Físico Prodigioso - Jorge de Sena [7/10]
2) O País do Carnaval - Jorge Amado [7/10]
3) O Processo - Franz Kafka [8/10]

4) O homem do castelo alto - Philip K.Dick [7/10]

Fevereiro
5) A Missão - Ferreira de Castro [8/10]
6) Lisboa no Ano 2000 - Melo de Matos [6/10]


Março
7) Feminino Singular - Sveva Casati Modignani [6/10]

Abril
8) O Confessor - Daniel Silva [6/10]
9) Terror Arrepios - Bram Stoker [6/10]

10) Filho de Deus - Cormac McCarthy [8/10]
11) A Noite e o Sobressalto - Pedro Medina Ribeiro [7/10]

Contos [ avaliação em estrelas 1 - 5]

1) A queda de um Anjo - Afonso Cruz - 2*
2) A Porrada - Mário de Carvalho - 1*
3) Quartos de Hotel - Inês Pedrosa - 2*
4) Phantasia - Carlos Silva - 2*
5) Last Chrismas I gave you my heart - Carlos Silva 2*


Escala de notas:
1 - Horrível
2 - Muito mau
3 - Mau
4 - Fraquinho
5 - Médio Menos
6 - Médio
7 - Médio Mais
8 - Bom
9 - Muito Bom
10 - Obra prima