sexta-feira, 15 de maio de 2009


As minas de Salomão
Ridder Haggard
tradução de Eça de Queiroz

Uma obra que me surpreendeu muito. Gostei de ler o livro, é pequeno, fácil de ler, muito divertido. Fiquei curiosa também em saber que tinha sido traduzido pelo Eça de Queiroz e que este não tinha só traduzido a obra, mas tinha-lhe dado uma interpretação própria.

As minas de Salomão trata de uma expedição a umas lendárias minas cheias de ouro, diamantes e riquezas. O lendário Allan Quatermain aventureiro caçador de elefantes é contratado por um barão inglês que procura o irmão desaparecido à 2 anos nas famosas minas. Allan Quatermain é uma personagem divertida, quem não se lembra do Sean Connery em A Liga dos cavalheiros extraordinários na personagem de Allan Quatermain? Allan Quatermain assume-se como um homem cheio de defeitos, cobarde, mas acima de tudo um gentleman. Orgulha-se de nunca ter morto um homem injustamente, e de nos casos em que o fez, o ter feito apenas para defender o bem mais precioso que Deus lhe tinha dado, a vida. Ri-me imenso com a personagem.

As aventuras são muitas, e tudo está magistralmente descrito. As lutas, as paisagens, as personagens que vão encontrando pelo caminho...

É um livro que recomendo, por ser leve e nos fazer passar uma boa tarde. É também uma referencia adequada para quem gostar de Júlio Verne.


Versão online

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Pássaros Feridos


Pássaros Feridos
Colleen McCullough


"Pássaros Feridos é a saga vigorosa e romântica de uma família singular, os Clearys. Começa no princípio deste século, quando Paddy Cleary leva a mulher, Fiona e os sete filhos do casal para Drogheda, vasta fazenda de criação de carneiros, propriedade da irmã mais velha, viúva autoritária e sem filhos; e termina mais de meio século depois, quando a única sobrevivente da terceira geração, a brilhante actriz Justine O’Neill, muitos meridianos longe das suas raízes, começa a viver o seu grande amor."

Um livro por muitos considerado uma obra prima, mas que a mim não conseguiu tocar do mesmo modo. O resumo acima caracteriza bastante bem a história que se irá desenrolar durante o livro. A história de uma família pobre, trabalhadora e de corações bons. O ponto forte do livro são as personagens. Não é um livro que rode em torno de 2 ou 3 personagens, mas que conta a historia da vida dessas pessoas. Ficamos a conhecer as personagens como se fossem nossos conhecidos. Paddy e Fiona, duas personagens belíssimas, um casal cheio de magoas, amor e desentendimentos. Maggie e Ralph, o eterno amor impossível. Mary uma mulher de índole má e egoísta. Justine e Dane, fantásticos. Dois irmãos com nada em comum que se adoram profundamente. E tantas outras...

São personagens que não esquecemos, que nos marcam e que nos merecem um carinho especial, mas que contudo estão enquadradas numa história um pouco comum. Tive pena. Livros como este, que nos conta a história de uma família atravessando várias gerações, tem que ter algo que os distinga, algo que marque o leitor. Caso contrário é apenas mais uma família, mais um livro. Neste caso, a escrita da Colleen McCullough também não é sublime.
Fiquei um pouco desiludida com o livro, pois só tinha lido excelentes criticas em relação ao livro.
Será que o li numa má altura? Será que tinha as expectativas demasiado altas? Poderá ser.