quinta-feira, 29 de outubro de 2009

As Avis


Autor: Joana Bouza Serrano
Data de Publicação: Setembro de 2009
Editora: Esfera dos Livros
Páginas: 394
ISBN:978-989-626-176-4


Durante os cerca de 200 anos que durou a dinastia de Avis, que teve início com D.João I, Mestre de Avis, Portugal esteve na vanguarda da História Mundial. Neste período sentaram-se no trono português oito reis e o país conheceu nove rainhas consortes, mulheres que, muitas vezes na sombra, definiram também elas o rumo da História do reino.

Filipa de Lencastre, a mãe da Ínclita Geração: Leonor de Aragão, a Triste Rainha, que foi obrigada a fugir para Castela após a morte do marido; Isabel de Lencastre, que assistiu impotente ao confronto entre o seu pai e o seu marido; Joana de Castela, conhecida como a Excelente Senhora, que, por questões políticas e dinásticas, foi enclausurada num convento; Leonor de Lencastre, que mandou construir o Convento de Madre Deus em Lisboa; Isabel de Castela, filha dos Reis Católicos de Espanha, que morreu ao dar à luz; Maria de Castela, consorte de D. Manuel I, com quem teve uma relação de cumplicidade; Leonor de Áustria, peça fundamental no jogo político do seu irmão, o imperador Carlos V; Catarina de Áustria, avó de D. Sebastião.

A partir do olhar destas rainhas, a historiadora Joana Bouza Serrano dá-nos a conhecer os seus casamentos, que representavam verdadeiros trunfos nos jogos de poder político, os partos sucessivos para garantir a sucessão, a sua dedicação à cultura e às artes, as tradições e os costumes da corte e o diferentes acontecimentos políticos que marcaram a dinastia de Avis.

Este livro foi uma grande descoberta en termos de História de Portugal, visto que nos livros da escola raramente se fala do papel das rainhas, sempre soube que as rainhas eram mais vistas como umas mulheres que tinham o dever de dar à luz os herdeiros do país onde reinavam, mas nunca pensei que também pudessem ter parte activa na política do país, e que até aajudassem aos reis seus maridos a decidir sobre o que fazer perante tal assunto.Conhecemos as rainhas de um outro ângulo muito mais humano, o que elas por vezes sofriam com o terem que se casar sem puderem escolher os maridos, mas aceitando a escolha do pai ou do irmão.Para mim fiquei com a sensação de que aquelas mulheres eram umas verdadeiras heroínas do seu tempo, visto que muitas das vezes até os próprios filhos lhes eram tirados com vista a estabelecer alianças políticas.

4 comentários:

Jacqueline' disse...

Este livro vou lê-lo brevemente. Ainda bem que gostaste! Por acaso tive a mesma sensação com o Infantas de Portugal, Rainhas em Espanha. Afinal, as rainhas também tinham um papel importante, e é espantoso ver o que elas influenciaram...

Pedro disse...

Muito porreiro este blog.

Aproveita e visita www.diariosemtabaco.blogspot.com

O dia a dia sem tabaco

Tinkerbell disse...

gosto muito do género! existe uma edicção especial na bertrand que é sobre mulheres da coroa como d. carlota e por aí e mal posso esperar p/ a ter na minha estante!

Angelina Violante disse...

Nuca ouvi falar desse livro que falas, mas fiquie curiosa.
Obrigado pelo comentário.
Participei no passatempo do teu blog.

Beijinhos