quarta-feira, 12 de setembro de 2012

A Beltraneja

Autor: Almudena de Arteaga
Data de Publicação: Maio de 2003
Editora: Guimarães Editores
Páginas: 189
ISBN: 972-665-460-2


Este romance histórico retrata toda uma série de acontecimentos emocionantes, peripécias, intrigas e lutas que levaram Isabel a Católica ao trono de Castela e conduziram ao afastamento de Joana de Castela, sobrinha de Afonso V, rei de Portugal.

Quando a irmã de Afonso V, rei de Portugal, deixa Lisboa para se casar com Henrique de Castela, não acredita nos rumores que põem em causa a virilidade do seu futuro marido. Joana de Portugal, conta rapidamente dar a Henrique VI o herdeiro por que este tanto ansiava, para provar a sua masculinidade e providenciar estabilidade a um reino no qual a nobreza, dividida, lutava pelo poder. Mas seria na própria noite de núpcias que esta teria a sua primeira desilusão.

Este livro constitui uma crónica escandalosa da época, centrada na figura da princesa Joana, conhecida por Beltraneja e, entre nós, por Excelente Senhora. De facto toda a intriga política da época se baseou na atribuição da paternidade desta princesa a D. Beltran de la Cueva e não ao Rei de Castela Henrique IV.

Esta enigmática história, que até hoje permaneceu oculta, camuflada pela "história oficial", escrita por conveniência dos vencedores, é a crónica de uma época na qual a ambiguidade sexual era utilizada como arma política e as bulas de casamento falsificadas, os envenenamentos e os tronos usurpados caracterizavam o panorama geral de uma corte itinerante.



Bem que grandes tramóias e conspirações se urdiam naquele tempo, ainda nós nos admiramos do que acontece agora, mas pelos vistos já vem de muito a atrás.
As mulheres no tempo dos reis não passam de mais um peão no seu tabuleiro e que podiam ser casadas com quem a eles bem conviesse, sem sequer terem voto na matéria, e para além disso só serviam para serem parideiras de varões e herdeiros.
Logo no início do livro fiquei chocada com a descrição que é feita, pois nunca pensei que naqueles tempos idos houvesse tratamentos deste género e não digo quais são para irem ler o livro e assim saciarem a curiosidade.
Mas este rei sinceramente era muito mole em mais do que um aspecto, com  D. Joana já é a segunda mulher que tem e não consegue ter filhos, e a culpa é das senhoras, pois claro o homem é homossexual ou impotente, mas a culpa é sempre das mulheres, e depois descobre certas tramoias contra a sua pessoa vindas de pessoas que julgava leais e que as quais cumula de benesses, e o que ele faz? Nada, rigorosamente nada, deixa andar e se preciso for ainda coloca mais benesses nas mãos de quem o atraiçoa, que raio de rei, até a própria família conspira contra ele e ele nada faz, e como se não bastasse muda constantemente de opinião acerca da procedência da sua filha.
é um livro para ser lido com calma, pois são tantos os nomes,tantos os enredos e conspirações, que chega a um ponto que me dava um nó na cabeça e tinha que ler outro livro para desanuviar.
Uma maneira de aprender mais acerca da história.

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