terça-feira, 30 de abril de 2013

Em Espera (Maio '13)

Abril foi um mês terrível e curto, quase não dando tempo para respirar, tivemos a apresentação pública do Fanzine Fénix na Biblioteca Almeida Garrett do Porto, onde tivemos vários autores presentes. Podem ver os vídeos no blog ou no facebook da Fénix. 
Organizamos de seguida uma antologia Fénix, com contos curtos, sobre livros e que foi publicada a meados de Abril, para download Gratuito (pdf, epub e mobi), e que dentro de dias terá uma edição especial em papel, assim como já estamos a ultimar a versão e edição inglesa da mesma.


Com isto, sobrou pouco tempo para vir aqui ao blog fazer as reviews e tentarei recuperar o trabalho que se encontra em atraso. Prometo! 

Desta forma, no mês de Abril li:

8) O Confessor - Daniel Silva [6/10]
9) Terror Arrepios - Bram Stoker [6/10]
10) Filho de Deus - Cormac McCarthy [8/10]
11) A Noite e o Sobressalto - Pedro Medina Ribeiro [7/10]


Quatro livros, entre os quais dois portugueses e um dentro do género fantástico. Fiquei satisfeita por voltar a ler um livro do Cormac McCarthty e gostei também do livro de contos do Pedro Medina Ribeiro.

Para Maio temos:

Autor Português: Goor - Pedro Ventura




Clássico: A Queda de Um Anjo - Camilo Castelo Branco






Ficção Cientifica & Fantasia: 15 histórias Supersticiosas






"Fast-Reading": Um Brilho no Escuro - Kim Edwards







segunda-feira, 22 de abril de 2013

O Abraço da Noite



Autor:  Sherrilyn Kenyon
Data de Publicação: Março de 2010
Editora: Edições Chá das 5
Páginas: 373
ISBN: 978-989-8032-74-4




«Querida leitora
A vida para mim é ótima. Tenho o meu café de Chicória, o meu beignet quente e o meu melhor amigo ao telemóvel. Depois de o sol se pôr, sou a pior coisa que percorre a noite: comando os elementos e não conheço o medo. Durante séculos, protegi os inocentes e tomei conta da humanidade, assegurando-me de que estão seguros a salvo num mundo em que nunca nada é certo. Tudo o que quero em troca é uma miúda gira num vestido vermelho, que não queira mais nada de mim para além de uma noite. Em vez disso, sou atropelado por um carro alegórico de Carnaval que me tenta transformar num animal morto à beira da estrada e conheço uma mulher que me quer salvar a vida mas não se consegue lembrar onde me pôs as calças. Vibrante e extravagante, Sunshine Runningwolf deveria ser a mulher perfeita para mim. Não quer nada mais do que esta noite, sem laços, sem compromissos a longo prazo.
Mas, sempre que olho para ela, começo a desejar concretizar sonhos que enterrei séculos atrás. Com os seus modos pouco convencionais e a sua capacidade para me surpreender, Sunshine é a única pessoa de que preciso. Mas amá-la significaria a sua morte. Fui amaldiçoado e nunca poderei conhecer a paz ou a felicidade, não enquanto o meu inimigo espera na noite para nos destruir a ambos.»
Talon dos Morrigantes



Quando comecei a ler este livro nem me dei ao trabalho de ler a sinopse. Adorei o primeiro volume desta saga, e depois quando fui ler o segundo estava à espera de uma coisa diferente, mas foi mais do mesmo e fiquei um pouco desiludida, assim pensei que este seria mais do mesmo, mas aqui as coisa mudaram.
No essencial a coisa é basicamente o mesmo, pois é mais um predador da noite que passa a ser humano.
Mas a história tem outros contornos, já não trancados em casa para não se passarem, já podem sucumbir ao desejo, não precisam de ser amarrados à cama.
E depois há um irmão gémeo de Ash à solta do qual nenhum dos predadores sabia da existência, e que vai causar alguma confusão, ao fazer-se passar por Ash.
Achei este livro muito mais engraçado e divertido  que o anteriores.
Só acho que houve uma falha em relação a sabermos qual a profissão que Talon irá exercer agora que já não é um predador da noite, como aconteceu no livros anteriores.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

O Pacto da Meia-Noite



Autor: David Whitley
Data de Publicação: Julho de 2010
Editora: Editorial Presença
Páginas: 302
ISBN: 978-972-23-4387-9



Agora é uma cidade secreta onde tudo pode ser vendido e comprado - bens, pessoas, emoções… O acaso reúne Mark e Lily, dois jovens que foram vendidos como servos. De início, o seu único objectivo é trabalhar e sobreviver. Mas, gradualmente, vão compreendendo que podem alterar o seu destino e o da própria cidade, ajudando a libertar o seu povo. Mas irão as forças ocultas que os vigiam deixar que os seus planos se coroem de êxito? Conciliando aventura, thriller político e fantástico, este é um romance brilhante, na senda dos grandes clássicos de C. S. Lewis ou Philip Pullman.


Este livro parece ser uma espécie de crítica à sociedade do nosso tempo, visto que tudo tem um preço, e quem não cobra nada pelo seu serviço, é olhado com desconfiança. Já que não são capazes de visualizar um mundo onde se tenha prazer em fazer o bem pelos outros sem pedir nada em troca, que não um simples agradecimento.
As pessoas da cidade parece ser destituídas de sentimentos ainda antes de recorrerem à loja da Madame que os engarrafa para depois os vender, pois não parecem sentir amor, amizade, nada uns pelos outros, o único sentimento que parece ter maneira de sobreviver é o medo que todos têm do concelho e da sua polícia.
Num mundo onde os sentimentos são comercializados a fama o poder e o dinheiro está para além de tudo, os sentimentos são tidos como uma droga.
Um livro deveras estranho onde nenhuma das personagens me cativou por aí além, onde o final em vez de responder a inúmeras questões que a leitura suscita ao leitor, é ainda mais confuso e dá a sensação que a história tem continuidade,o que não sei se assim o é.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

A Química da Morte



Autor:   Simon Beckett
Data de Publicação: Janeiro de 2008
Editora: Editorial Presença
Páginas: 302
ISBN: 978-972-23-3653-6



Ao fim de trinta segundos, a sua pele começa a arrepiar-se.
Ao fim de um minuto, o bater do seu coração ter-se-á tornado audível.
Ao virar a última página, dará graças por se tratar de uma obra de ficção.
Simon Beckett é um autor que rapidamente mobilizou a atenção de um público internacional com este seu primeiro thriller protagonizado por um especialista em antropologia forense. Após a perda da mulher e da filha de seis anos, David Hunter escolhe refugiar-se numa aldeia isolada de Norfolk, a tratar dos vivos, tentando esquecer a sua tragédia pessoal. Mas, mesmo aí, o destino obriga-o a lidar com aquilo de que ele pretende fugir... A Química da Morte foi finalista do mais importante prémio deste género literário, o Duncan Lawrie Dagger Award de 2006.


Ao longo da leitura deste livro fiquei com a sensação que estou a ver um episódio da série CSI, e quando começam as descrições mais técnicas  como as larvas e os insectos conseguem ajudar a determinar a hora da morte, lembro-me especialmente do Grimson e do seu gabinete, cheio de frascos com insectos a boiar lá dentro.
É um livro que nos prende logo deste o início, e embora tenha sido a minha estreia com este autor e com livros deste género, adorei fiquei fã, às tantas dei por mim a ver se também conseguia descobrir quem era o assassino.
Claro que fui logo atrás dos indícios que davam no livro e que o David seguiu e a polícia também, mas algo me fazia também desconfiar do jardineiro.
E no final fiquei literalmente de boca aberta pois o que se sucedeu e quem era o assassino e o seu cúmplice, porque sim havia um cúmplice, deixaram-me pasma pois nunca desconfiei daquela personagem, e não vou dizer qual é, se o quiserem saber terão de ler o livro.
As personagens ao longo da narrativa vão nos dando a conhecer um pouco de cada vez a sua história e parece que todos os que vivem naquela aldeia têm algo que gostavam de esconder, que os faz sofrer. Uns melhor que outros conseguem fazer a vida andar para a frente, esquecendo ou admitindo os seus segredos como parte da sua vida, outros nem por isso como no final se irá revelar.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

A Última Noite no Chateau Marmont



Autor:   Lauren Weisberger
Data de Publicação: Janeiro de 2012
Editora: Editorial Presença
Páginas: 334
ISBN: 978-972-23-4706-8



Brooke e Julian estão casados há cinco anos e têm uma vida pacata e feliz em Nova Iorque. Mas o seu dia a dia está prestes a mudar radicalmente quando a carreira de Julian como músico alcança reconhecimento à escala nacional. Do dia para a noite, ambos passam a conviver com celebridades, a frequentar os locais mais exclusivos, a ser convidados para as festas mais mediáticas… e a estar sob o olhar constante e indiscreto dos paparazzi. Poderá o seu casamento sobreviver àquela noite no Chateau Marmont?



De início achei um livro muito divertido e cheio de energia, mas assim que Julian teve sucesso no mundo da música parece que a história sofreu uma reviravolta e depois de ser tão interessante.
Desde aí passei grande parte do livro com vontade de chorar ou a chorar, realmente não sei como a Brooke aguentou tanto tempo calada toda aquela situação.
Depois de todos os sacrifícios que ela fez para ele poder ter o seu sucesso, assim que ele o obteve parece ter-se esquecido que ela fazia parte da sua vida.
E confesso que o final não chegou para me convencer depois daquilo tudo que se passou mesmo na recta final, da traição do Julian, achei o final um pouco apressado e sem explicar realmente o que se tinha passado, pois Brooke ficou cheia de dúvidas e de repente bastou Julian aparecer de surpresa na festa de casamento do seu primo para todas as dúvidas simplesmente desaparecerem.
Como este é o primeiro livro desta autora que leio e ainda tenho outro dela para ler espero que goste mais do que gostei deste.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Óscar




Autor:  David Dosa
Data de Publicação: Março de 2010
Editora: Caderno
Páginas: 239
ISBN: 978-989-23-0743-5



Quando Óscar começou a viver no lar Steere House, em Rhode Island, ninguém lhe prestou especial atenção. Era um gato como os outros, gostava de sol, de uma boa soneca à janela, de se espreguiçar demoradamente. Não era muito simpático, pelo contrário, fugia de mimos e companhia. Mas nem sempre. Quando um dos residentes piorava, o gato começava a visitá-lo com mais frequência. Até ao dia em que suavemente subia para a cama dele, enroscava-se, e dali já não saía. Era o início da vigília, era um sinal do fim. Naqueles momentos Óscar parecia outro; criava uma ponte, abria os corações ao inevitável adeus. E depois, tão silenciosamente como tinha entrado, retirava-se de cena.



Mais um livro sobre gatos.
Mas este é diferente pois centra-se na vida de um lar que acolhe idosos com a doença de alzheimernum estado avançado deixando-os desnorteados e as famílias também.
Um livro muito forte, em que um médico o Dr. Dosa tenta perceber como um gato, neste caso o Óscar, sabe que certo paciente vai morrer e então não abandona a sua cama, até o paciente soltar o último suspiro, o Dr. Dosa de início sente-se intrigado e renitente em acreditar naquilo que a enfermeira chefe lhe conta, mas dá por si a pensar cada vez mais no assunto e decide ir falar com os familiares de alguns dos pacientes que já faleceram, para saber qual o comportamento de Óscar e o que eles acharam.
Mas ele é o próprio a admitir que quando mais sabe menos descobre, vá-se lá saber como um gato vai saber que tal paciente está prestes a morrer e que nas suas horas derradeiras lhe dá conforto e companhia.
Eu adoro gatos e este livro deixou-me ao mesmo tempo muito melindrada, pois quando ouvimos falar de alzheimer, nunca ficamos realmente a saber o que se passa para além de a pessoa ir perdendo as suas capacidades, ou como se diz no livro desaprendendo, mas uma coisa totalmente diferente é ler os relatos das famílias em como as pessoas mudam para uns completos estranhos tanto para eles próprios como para os familiares, e a luta que é todos os dias para realizar as coisas mais simples.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Viagem à Roda do Meu nome




Autor: Alice Vieira
Data de Publicação: Janeiro de 1999
Editora: Editorial Caminho
Páginas: 143
ISBN: 972-21-0039-4



Abílio detesta o seu nome e decide mudá-lo para Luís. A mudança de nome tem valor simbólico, mostra o instante em que Abílio entra em processo de crise, na busca de ser ele mesmo, diferente daquilo que dele queriam fazer. Uma viagem à terra dos seus antepassados reconcilia-o com a sua história e o seu nome. Este romance realista, de personagens bem delineadas, retrata a vida quotidiana e o mundo interior de um rapaz, utilizando a primeira pessoa em dois tempos de enunciação, e aborda com optimismo o complexo tema da identidade. (A partir dos 10/11 anos.)


Bem um livro que se lê rápido, cheio de coisas de crianças, como ter vergoha do nome que se tem.
É divertido por vezes enternecedor, e até triste, ficamos um pouco a conhecer a família do Abílio e aos poucos também vamos sentindo que fazemos parte da história.
Gostei muito.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Cleo





Autor:  Helen Brown
Data de Publicação: Novembro de 2009
Editora: Caderno
Páginas: 350
ISBN: 978-989-23-0669-8


Helen estava na casa de uma amiga quando recebeu a notícia: Sam tinha acabado de morrer. Ainda pensou que Sam fosse um familiar qualquer distante, mas não, era mesmo o seu Sam, o seu filho mais velho: morreu atropelado, à frente do irmão mais novo. O mundo de Helen começou a ruir. Noites sem dormir, pensamentos suicidas, uma depressão profunda. Enquanto, à sua volta, a família se deixava levar pelo desespero, pelas discussões, pela tristeza infinita de perder um ente querido. Até que um dia bateram à porta. Era uma vizinha, trazia no colo um gato ainda bebé. Helen já nem se lembrava. Um mês antes tinha ido com os filhos ver uma ninhada, e prometera a Sam que lhe daria um dos gatinhos. E ali estava ele, uma impertinente bola de pêlo preto. O seu primeiro impulso foi rejeitar de imediato aquele pequeno intruso. Mas então viu Rob, o seu outro filho, a acariciar o bichano. E pela primeira vez em muito tempo, viu-o sorrir… Cleo tinha chegado a casa. E aos poucos começaria a devolver àquela família a alegria de viver.



Este livro é muito forte, logo no início tem uma tragédia que nos deixa, principalmente a quem já é mãe, muito angustiadas e tristes.
Depois logo da narrativa vamos conhecendo o percurso da família e os seus altos e baixos, e mais uma vez vamos ficar tristes assim que chegarmos ao final as coisas começam a complicar-se para Cleo.
É um livro que sobretudo fala da história de uma família e da sua vida com Cleo, uma gata que ao principio ninguém queria, e que todos punham em dúvida se haviam de ficar com ela, visto só dar uma chatice atrás da outra pois só fazia disparates.
Gostei embora por vezes penso que o livro se concentra mais na vida da própria Helen do que na de Cleo.
Também notei que a uma certa altura o filho Rob fica extremamente doente, mas como ficou assim de repente doente, também de repente deixam de falar da sua doença e quando viemos a saber dele já se mudou para outro continente.
No início somos bombadearmos com descrições do local onde vivem, mas à medida que vão mudando de casa, de país e de continente, isso deixa de acontecer, já só se faz descrições do próprio jardim e da casa.