Autor: Ray Klunn Data de Publicação: Junho 2009 Editora: Editorail Presença Páginas: 374 ISBN: 978-972-23-4155-4
Dan e Carmen eram um casal feliz a viver uma vida despreocupada quando o diagnóstico de cancro da mama vem abalar as suas vidas. Revoltado com a crueza do destino e as limitações que daí para a frente marcarão o seu dia-a-dia, Dan reage recusando-se a abdicar de tudo e iniciando uma vida dupla: durante a semana acompanha a mulher aos tratamentos e aos fins-de-semana entrega-se ao álcool e ao sexo fortuito. Love Life - De Coração Aberto é um relato duro e sem concessões, que não deixará ninguém indiferente, de um homem dividido entre a lealdade à mulher e o desejo de viver a vida ao máximo.
Bem confesso que de início o homem me estava a irritar era um autêntico sacana, não tinha respeito nenhum pela mulher nem pela própria filha. Mas quase no final do livro tem uma mudança radical, e torna-se um verdadeira amparo e consolação para a mulher. É uma história muito fácil de ler pois a escrita é simples e fluída, mas a partir da terceira parte é muito emotivo e de levar às lágrimas, deveras uma história que toca o coração. Estou intrigada com a continuação.
Autor: Philippa Gregory Data de Publicação: Julho de 2008 Editora: Civilização Editora Páginas: 451 ISBN: 978-972-26-2455-8
Catarina de Aragão nasce Catarina, Infanta da Espanha, de pais que eram reis cruzados. Aos três anos foi prometida ao príncipe Artur, filho e herdeiro de Henrique VII da Inglaterra, e é educada para ser princesa de Gales. Sabe que o seu destino é reinar sobre aquela terra distante, húmida e fria. A sua fé é posta à prova quando o futuro sogro a recebe no seu novo país com uma grande afronta; Artur parece ser pouco mais do que uma criança; a comida é estranha e os costumes vulgares. Lentamente, adapta-se à sua primeira corte Tudor, e a vida como mulher de Artur vai-se tornando mais suportável. Inesperadamente, neste casamento arranjado começa a nascer um amor terno e apaixonado. Mas, quando o jovem Artur morre, ela tem de construir o seu próprio futuro: como pode agora ser rainha da Inglaterra e fundar uma dinastia? Só casando com o irmão mais novo de Artur, o alegre, mas mimado Henrique. O pai e a avó de Henrique são contra e os poderosos progenitores de Catarina revelam-se de pouca utilidade. No entanto, Catarina possui um espírito lutador é indomável e fará qualquer coisa para alcançar o seu objectivo; mesmo que tal implique contar a maior das mentiras e mantê-la.
De início é um pouco difícil entrar na história, mas assim que se começa a entrar naquele mundo tudo muda, e quando da-mos por nós já estamos tão reendidos que não nos apetece parar, seja por aquilo que for. Estou a ficar mesmo fã dos livros desta autora,pois para além de uma leitura muito boa vamos sempre aprendendo coisas sobre a História de Inglaterra, falo por mim pois nunca dei nada disto na escola, e por vezes até nos conseguimos imaginar na pele dos personagens tais são as descrições que dá a sensação de estarmos dentro do próprio livro. Um muito obrigada à Fausta que me fez o favor de me emprestar o livro. Definitivamente uma autora a seguir.
Autor: Kerstin Gier Data de Publicação: Outubro de 2010 Editora: Contraponto Páginas: 271 ISBN: 978-989-666-086-4
Pertencer a uma família cheia de segredos não é fácil, ou pelo menos é o que pensa Gwendolyn Sheperd, de 16 anos. Até que um dia se vê em Londres do final do século passado e se apercebe de que ela própria é o maior segredo da família. Do que Gwendolyn não se apercebera é que apaixonar-se quando se está presa num tempo diferente não é nada boa ideia. Tudo se pode complicar...
Realmente é um livro repleto de segredos e a maior parte deles permanece por esclarecer até ao final do livro o que leva a crer que vai haver continuação, já que a história fica praticamente a meio, no final do livro. Um livro divertido e ao mesmo tempo emocionante, pois não se sabe o irá acontecer a seguir e tanto o início do livro como o fim deixam-nos ainda com bastantes perguntas sem resposta. De leitura fácil e agradável.
Autor: Naomi Novik Data de Publicação: Julho de 2008 Editora: Editorial Presença Páginas: 283 ISBN: 978-972-23-3984-1
Atreva-se a entrar num universo de dragões, heróis e vilões onde a fantasia é rainha. Assista às Guerras Napoleónicas como nunca as viu e encontre guerreiros a lutar contra as forças invasoras de Napoleão, não a bordo de aviões mas no dorso de dragões. Certo dia, ao serviço de Sua Majestade, o Capitão William Laurence captura uma fragata francesa e apodera-se da sua carga preciosa: um ovo de dragão chinês. Quando o ovo choca e dele sai um pequeno dragão, Laurence vê-se inevitavelmente ligado a Téméraire, um dragão extremamente articulado, e acaba por optar por uma nova carreira: deixa a carreira na Marinha Real e ingressa no Corpo Aéreo como comandante de Téméraire. Quando o exército aéreo de Bonaparte chega a solo britânico, Laurence e Téméraire fazem o seu baptismo de fogo…Conheça uma realidade alternativa onde Téméraire irá ser posto à prova e quando menos se espera irá surpreender pelas suas capacidades.
Bem confesso que de início foi bastante difícil conseguir entrar na história, mas assim que o dragão apareceu na história tudo se tornou mais interessante, embora as partes das batalhas muitas vezes me tenham parecido confusas, pois não as consegui visualizar com o olho da mente, como de costume. Só é pena que esta saga tenha só três volumes cá publicados enquanto que são ao todo cinco.
Autor: Cosey
Data de Publicação: 2011
Editora: ASA/Público
Páginas: 143
ISBN: 978-989-23-1303-0
O Buda Azul – Tomo 1
Um jovem inglês, residente na Índia nos anos 1960, foge para não ir parar às escolas de Inglaterra. Desloca-se clandestinamente no camião conduzido pelo motorista tibetano da família Cardboard. Mas acaba por ser vítima de um despiste na neve ao evitar um vulto parecido com o Yéti que surge no caminho. É recolhido pelos residentes de um mosteiro tibetano onde faz amizade com Chogyam e Namgyal e descobre outra filosofia de vida. A insaciável curiosidade de “Porridge” vai levá-lo até Lhal, uma jovem guardiã do Buda Azul.
O Buda Azul – Tomo 2
O ataque e destruição do mosteiro tibetano pelas tropas chinesas separam Gifford e Lahl, quinta reencarnação de um mestre tibetano e guardiã do fabuloso e mítico Buda Azul. Nos 13 anos seguintes o jovem inglês procura incansavelmente a sua amada, que parece ter desaparecido sem deixar rasto. Entretanto, os dirigentes comunistas chineses decidem preparar o aparecimento público de uma falsa Lahl, industriada para servir os seus propósitos. Isso atrai a atenção do herói e o reencontro de ambos está prestes a realizar-se...
O quinto volume da série Os Incontornáveis da Banda Desenhada - O Buda Azul - foi o que mais me "encantou", o mais completo. Um volume constituído por dois tomos os únicos que compões esta história. Não será necessário ler nada antes, pelo meio ou depois, o que obviamente satisfaz o leitor que tem assim oportunidade de ler uma história do início ao fim (ao contrário dos outros livros da colecção que estão para trás). O desenho é bom e as cores realçam a história. Inicialmente talvez se estranhe um pouco o colorido das páginas, mas rapidamente nos habituamos, tornando-se uma mais valia. O que mais me agradou foi o seu contexto histórico, passa-se no Tibete, aquando da ocupação chinesa e dá-nos uma panorâmica dos acontecimentos à altura. A contextualização da mesma é feita na medida certa, obviamente sem ser imparcial, conseguindo envolver o leitor na luta tibetana e no amor impossível das personagens principais - Gifford um jovem inglês e Lahl a guardiã do Buda Azul.
Um livro completo e uma história completa, com um enredo interessante e bom desenho.
Autor: Margaret George Data de Publicação: Abril de 2010 Editora: Chá das Cinco Páginas: 366 ISBN: 978-989-8032-76-8
Filha de um deus, mulher de um rei, prémio da guerra mais sangrenta da Antiguidade, Helena de Tróia inspira artistas há milénios. E Margaret George dá nova vida ao grande conto homérico pondo Helena a narrar a própria história.
Através dos seus olhos e da sua voz, vivemos a descoberta da jovem Helena sobre a sua origem divina e beleza avassaladora. Pouco mais do que uma menina, Helena casa-se com Menelau, rei de Esparta, e dá-lhe uma filha. Aos vinte anos de idade, a mulher mais bela do mundo estava resignada com um casamento desapaixonado — até encontrar o atraente príncipe troiano, Páris. E quando os apaixonados fogem para Tróia, guerra, assassínio e tragédia tornam-se inevitáveis.
Em Helena de Tróia, Margaret George capturou uma lenda intemporal num conto hipnotizante acerca de uma mulher cuja vida estava destinada a criar conflito… e a destruir civilizações.
Não sei porquê mas estava com grandes expectativas acerca deste livro, e alturas na leitura em que ela foram conseguidas, outras nem por isso, o livro tem partes muito boas, que prendem e deixam uma pessoa sequiosa de saber o que se irá passar a seguir, mas também tem partes que são muito maçadoras e entediantes. Resumindo um livro que não sei o que dizer, também pode ser do meu estado de espírito que não é dos melhores com este calor, fico irritadiça e rabugenta como as crianças, vamos lá ver o que se irá passar com o segundo volume.
Autor: David Wroblewski Data de Publicação: Junho de 2009 Editora: Bertrand Editora Páginas: 583 ISBN: 978-972-25-1958-8
Hamlet recontado com um brilho extraordinário e tendo como cenário uma quinta remota em Wisconsin. Edgar Sawtelle, um menino mudo e muito inteligente, vive uma vida idílica com os pais. Há gerações que os Sawtelle criam uma carinhosa raça de cão, ilustrada na perfeição por Almodine, a companheira de sempre de Edgar. Mas quando o seu pai morre de repente em circunstâncias misteriosas, Edgar culpa-se a si próprio, por não ter podido gritar por socorro. Destroçado pelo romance desesperado da mãe com o tio paterno, o seu mundo muda para sempre quando, certa noite de Primavera, vê o fantasma do pai. Depois da tentativa falhada de provar a culpa do tio, Edgar foge com 3 cães, mas o amor à mãe e aos animais, e a vontade de vingança, levam-no de regresso a casa. Nada é como ele esperava, e terá de se decidir entre a vingança ou a preservação do legado da família.
Bem de início adorei o livro fiquei rendida logo nas primeiras páginas, mas eu sou suspeita adoro tudo o que tenha a ver cães. E conforme a história ia avançando o suspense ia aumentando, e ficando cada vez mais intrincada, não deixando descortinar nada do que se iria passar no final. E qual não foi o meu espanto quando li o final, eu não sabia o que esperar depois de tantos acontecimentos trágicos e tantas reviravoltas na história, mas nunca que o fim fosse tão parvo, pois é mesmo assim um livro muito bom com um final que parece ter sido feito à pressa, como se o autor estivesse farto das personagens e que não soubesse que lhe fazer então o mais fácil acaba com eles, e então todas as aventuras e todo o suspense criado ao longo do livro e intensificado nestas últimas páginas foi cortado de uma forma brusca deixando o leitor perplexo e sem compreender como tudo ficou assim sem graça. Realmente esperava mais do final, num livro tão bom estragou tudo.
Autor: Tardi
Data de Publicação: Março 2011
Editora: ASA/Público
Páginas: 111
ISBN: 978-989-23-1302-3
O quarto livro dos incontornáveis da Banda desenhada, editada pela ASA/Púlico, contem "O Sábio Louco" e "O Demónio dos Gelos". "O Sábio Louco" consiste no terceiro volume de Adèle Blanc-Sec, volume este já editado pela Bertrand assim como o volume 4, mas cuja continuação, volume 5, ainda falta editar. Uma escolha deveras estranha, reeditar um volume solto, quando se poderia continuar com algo inedito. O "O Demónio dos Gelos" consiste num inédito a preto e branco com um volume apenas.
Em Janeiro de 1912, Paris treme de frio. Adele Blanc-Sec sente-se perseguida na rua e agride violentamente Robert Esperandieu. Afinal, o pobre homem apenas queria convidar uma "rapariga tão bonita" para ver uma coisa extraordinária: dar vida a um homem•macaco com 300 mil a 400 mil anos que estava conservado em turfa gelada, algures na Sibéria...
O Demónio dos Gelos, que completa este álbum, é uma deliciosa história dos "verdes anos" de Jacques Tardi. A aventura inclui ingredientes que viriam a tornar-se recorrentes com o passar dos anos: sábios loucos, um misterioso monstro tentacular, pessoas congeladas e maravilhas científico-tecnológicas são algumas das peças com que Tardi tece a malha narrativa desta paródia tragicómica inspirada pelas Vinte Mil Léguas Submarinas, de Júlio Verne. Mas esta não é a única presença tutelar da história, desenhada a preto e branco, cujo traço faz lembrar intencionalmente o ilustrador Gustave Doré. Nesta exposição de uma particular visão do mundo – a perversão generalizada dos homens e os seus comportamentos intrinsecamente demenciais – iria Tardi ancorar; nos anos seguintes, uma parte essencial da sua obra, bem traduzida nas narrativas que têm os horrores da Primeira Grande Guerra Mundial como tema central...
A leitura do primeiro volume - O Sábio Louco - foi bastante chata e desinteressante. Se por um lado o desenho nos dá uma imagem excelente da paisagem envolvente (monumentos, carros e maquinaria), perdendo-se mesmo em pormenores minuciosos e belos, já as personagens são por vezes esboços que parecem inacabados e com rostos demasiado semelhantes entre si. Por outro lado a história é bastante desinteressante para alguém que não leu os volumes que se encontram para trás ("Adèle e o Monstro" e "O Demónio da Torre Eifel").
O segundo volume é bem pelo contrário, uma maravilha a nível de desenho, um trabalho fabuloso a preto e branco que demonstra claramente estarmos perante um autor que sabe desenhar. A história não será excelente, mas pelo menos "engraçada".