Bilhete de Identidade
Maria Filomena Mónica
Compramos em Dezembro e dei-lhe uma vista de olhos na altura, fiquei logo com a impressão que devia ser um daqueles livros em que se começa a ler e só se pára para comer. Desde o inicio que ela faz um ataque feroz a mãe, a igreja e por fim a toda a burguesia lisboeta em que ela é criada. Não perdoa uma crítica ou uma oportunidade de mandar uma opinião menos simpática a quem a rodeava. Desde o inicio do livro que ela vai mencionando todos os nomes sonantes da época e não só. Rodeou-se sempre de gente riquíssima, usufruindo de um estatuto que não seria o dela (palavras dela). E tudo isto ela vai contando como se nada fosse, como se não tivesse sido ela a ser criada nos colégios mais chiques da época ou como se não fosse ela a aproveitar-se sempre das boas influencias do nome do marido.
Tem imensa piada, lê-se muito bem e sempre se vai rindo um pouco de algumas figuras da actualidade. Só não percebo porque é que o Pulido Valente ficou tão chateado com ela, afinal falhar no acto sexual à primeira... bem e à segunda, não é um crime. Acontece... a alguns.
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