Data de Publicação: Setembro de 2008
Editora: Bertrand Editora
Páginas: 348
ISBN: 978-972-25-1679-2
Mischa conhece bem a sensação de abandono. O seu pai alemão desapareceu no final da guerra, deixando-o a ele e sua à mãe entregues ao ódio e ao desprezo dos outros habitantes da vila francesa.
Um dia o vento traz-lhe Coyote, um americano, e a sua vida muda radicalmente. Deixando a França para trás, Mischa reencontra a felicidade ao lado da mãe e de Coyote numa pequena cidade americana. No entanto, e tal como aconteceu com o seu pai, o padrasto também desaparece de repente sem uma palavra.
Já adulto, Mischa vive atormentado por estas cicatrizes. Quando a sua mãe, ao morrer, entrega a um museu A Virgem Cigana, um célebre quadro de Ticiano cuja existência Mischa desconhecia por completo, este decide então regressar a França para fazer as pazes com o seu passado e descobrir a verdade sobre a origem do quadro, por mais dolorosa que esta possa ser.
O livro centra-se na história de Mischa, que nos vai contar ao longo de praticamente todo o livro a sua infância, os seus traumas e conflitos interiores, que ele pensa ter conseguido superar até a morte da mãe o voltar a deixar a sentir-se perdido. Confesso que o título do livro me levou a pensar até mais de metade do livro que a mãe de Mischa fosse uma cigana, mas o nome do livro vem de um quadro de Ticiano "A Virgem Cigana", que depois de muitas voltas, se vem a descobrir ter sido pertença da família que foi dona inicial do cháteau.
O que me surpreendeu neste livro foi o final que surpreendeu com a descoberta de todos os segredos escondidos ao longo de toda a narrativa, serem descobertos.
As personagens pareceram-me um pouco estranhas, pois para mim não sei se conseguiria aguentar os que se passou com Mischa e a sua mãe e continuarem a viver lá por tantos anos, ao serem tratados daquela maneira.
Como tinha gostado muito do livro anterior que li da autora, estava com grandes expectativas em relação a este, mas foram um pouco defraldadas, pois não correspondeu às expectativas e confesso que ficou um pouco aquém, e achei por vezes muito maçador, sempre a bater na mesma tecla sem passar dali.
Mesmo assim quero agradecer à minha amiga Lígia Teixeira pelo empréstimo do livrinho, peço é desculpa ter demorado tanto a lê-lo mas isto por aqui anda complicado de tempo para ler, culpa do meu filhote que anda doentinho e só quer atenção.
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