sábado, 26 de outubro de 2013

Olhos Brilhantes




Autor: Catherine Anderson
Data de Publicação: Setembro de 2010
Editora: Arcádia
Páginas: 433
ISBN: 978-989-28-0027-1


Zeke Coulter é um solteirão convicto e não revela quaisquer intenções em casar. Até que compra o rancho vizinho ao de Natallie Petterson, uma mulher muito atraente e divorciada, mãe de duas crianças, uma família completamente doida e um ex-marido envolvido em negócios obscuros. Quando o filho pré-adolescente de Natalie vandaliza a propriedade do vizinho, e esta se vê incapaz de pagar os estragos, Zeke oferece-lhe a possibilidade de que a divida seja paga com o trabalho do rapaz no rancho. Zeke tenta incutir alguma responsabilidade no rapaz e enquanto o faz começa a dar-se conta da grande reviravolta que se está a processar na sua vida. Natalie tem uma voz maravilhosa mas não acredita no seu talento nem na possibilidade de singrar no mundo da música. Mas, depois de a ouvir, Zeke está não só determinado a provar-lhe que tem talento mas também em demonstrar-lhe que há homens dignos de confiança. E, naturalmente acaba por a seduzir. Mas a atracção crescente entre ambos é ameaçada por algo que pode condenar a sua felicidade.


Ai, suspiro mais um livro desta autora que adorei, só tenho pena de não ter tido mais tempo para o poder ler mais depressa.
É uma linda história de amor, tal como a autora já nos habituou, adorei a maneira como a história se foi desenrolando, como da uma das personagens foi descobrindo os seus sentimentos apesar de todos os problemas.
Eu nem sei que palavras utilizar para descrever como é que uma história assim nos deixa tão sonhadoras e leves, eu pelos menos fiquei como que a pairar, e o livro que comecei a ler a seguir foi difícil conseguir entrar na história visto estar ainda digamos de ressaca deste.
As personagens são muito bem estruturadas ao longo da narrativa vai nos sendo apresentado os seu passado ao poucos e tudo o que acontece na narrativa encaixa perfeitamente como num puzzle.
Recomendo vivamente.



segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Reviver o Passado em Brideshead




Autor: Evelyn Waugh
Data de Publicação: Outubro de 1982
Editora: Moraes Editora
Páginas: 327
ISBN:


O romance mais nostálgico e reflectido de Evelyn Waugh, «Reviver o Passado em Brideshead», recorda a idade de ouro antes da Segunda Guerra Mundial. Conta a história da profunda atracção de Charles Ryder pelos Marchmain e o rápido declínio do mundo em que estes viviam.

Outra decepção, trouxe este livros e os repectivos dvds da série da biblioteca, porque uma amiga me disse que era muito bom, mas depois de levar uma semana para ler o livro, não vou pegar nos dvds vou devolvê-los sem ver.
O livro é uma autêntica seca não há acção nenhuma, andam de festa em festa, de bebedeira em bebedeira, um não gosta da família porque diz o que querem controlar e que o sufocam, outro adora a família do amigo porque na dele ninguém lhe liga, enfim.
Achei um livro muito maçador e que as personagens carecem de carácter.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Os Aromas do Verão




Autor: Joyce Maynard
Data de Publicação: Julho de 2011
Editora: Porto Editora
Páginas: 220
ISBN: 978-972-0-04537-9


Esta é a história de Henry, Adele e Frank, e de um longo fim-de-semana que mudou as suas vidas. Henry é um rapaz de 13 anos, solitário, sem amigos, que passa a maior parte do tempo a ver televisão, a ler e a lidar com o despertar da sua sexualidade. As suas únicas companhias são a mãe, há muito divorciada, e Joe, um hamster; as suas únicas saídas são com o pai distante e a nova família deste, aos sábados à noite, para ir jantar. Apesar dos seus esforços, Henry sabe que não consegue fazer feliz a mãe, Adele, uma mulher emocionalmente frágil. Adele tem um segredo que a leva a refugiar-se em casa e que parece ter destruído a sua vida.
Mas toda esta situação muda quando entra nas suas vidas Frank, um homem misterioso que se encontra ferido e pede ajuda a Henry. No longo fim-de-semana que passam juntos, Henry vai aprender algumas das lições mais valiosas da vida: a dor intensa do ciúme, o poder da traição e a importância de colocar os outros, principalmente os que amamos, acima de nós próprios. Vai aprender sobretudo que vale a pena esperar pelo verdadeiro amor.
Joyce Maynard, através de uma escrita poderosa, fala-nos do amor, da paixão, da vivência dolorosa da adolescência e da traição, através dos olhos de um rapaz de 13 anos - e do homem em que ele depois se tornou.



Confesso que estava um pouco de pé atrás por causa da sinopse que deixa algo a pairar no ar. Fiquei com medo que fosse algum livro sobre abusos ou maos tratos a crianças, mas a curiosidade levou a melhor e neste caso ainda bem.
Adorei a história, que se revelou muito melhor daquilo que esperava, afinal não há maus tratos nem abusos de ninguém, é simplesmente a história de um menino, que nos leva a pensar no tempo quando erámos crianças e na nossa inocência, pois a história é contada pelo menino.
É um daqueles livros que dá gosto ler, as personagens parecem reais, a história desenrola-se sem grandes preâmbulos, muito bom.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

A Mais Bela nas Alturas




Autor: Rui Vicente
Data de publicação: Junho de 2006
Editora: Edições ASA
Páginas: 173
ISBN: 972-41-4791-6


É de amor à primeira vista que se fala neste romance. Vasco, advogado, apaixona-se por Catarina, assistente de bordo, à entrada do avião que o traz de umas férias na Grécia para Lisboa. Era Setembro e ela sorria. Ele, decidido a não lhe perder o rasto, escreve-lhe ao chegar a casa. Ela, mais tarde, telefona-lhe e encontram-se. Mas tudo corre mal e a história de Vasco e Catarina parece acabar aí.
Porque o amor, seja lá ele o que for, é o mais intrigante dos mistérios, os nossos protagonistas hão-de reencontrar-se noutra altura, noutro lugar. E é um livro que ele escreve para ela, por a amar, que os vai reunir de novo.
Se fosse um filme, "A Mais Bela nas Alturas" seria certamente uma comédia romântica. Num estilo leve e refrescante em que o humor e a ternura estão sempre presentes, o autor encena o jogo da sedução como uma partida de xadrez em que, passo a passo, cada contendor, auxiliado pelos seus confidentes para as questões sentimentais, Afonso e Alexandra, procura antecipar o próximo movimento do antagonista e conquistar uma posição.
No fim, celebra-se o amor onde ele começou - à entrada de um avião.
Como se diz em dado momento da obra, a vantagem dos livros é que vivemos neles o que na vida falha.


Um livro que mais uma vez me desiludiu, ao ler a sinopse fiquei com a sensação de ser uma história de amor, mas quando o li fiquei a pensar que se era essa a intenção do autor é uma história de amor muito fraca e sem grande conteúdo, o início parece prometedor, mas à medida que a narrativa se desenrola, a coisa degrada-se e perde toda a magia inicial.



sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Almas Gémeas



Autor: Alan e Irene Brogan
Data de Publicação: Julho de 2010
Editora: ASA
Páginas: 255
ISBN: 978-989-23-0932-2


Alan e Irene conheceram-se num orfanato, nos anos 50. Ele tinha sete anos, ela tinha nove. Eram ambos sensíveis e solitários. Naquele meio hostil, tornaram-se inseparáveis. Mas a proximidade entre meninos e meninas não era bem vista e, embora se desdobrassem em cuidados e peripécias, o inevitável aconteceu: a inocente amizade foi descoberta. Alan foi levado para outro orfanato sem ter, sequer, direito a um adeus.
 Os anos passaram mas o laço entre eles nunca foi quebrado. Nas suas vidas - frequentemente difíceis, sempre solitárias - sabiam faltar algo. Sem saberem, frequentaram durante anos as mesmas lojas, o mesmo bairro… Até que, um dia, quarenta anos depois, Irene e Alan cruzaram-se casualmente na rua. Ambos souberam de imediato que nada nem ninguém voltaria a separá-los.
 Relato doloroso de abandono, crueldade e sobrevivência, Almas Gémeas é, acima de tudo, uma história espantosa que confirma uma verdade fundamental: o amor consegue vencer todos os obstáculos.


Bem o que chorei com este livro, e confesso que fiquei chocada pelo maneira como eram tratados nos orfanatos.
Se os tiravam aos pais dizendo que os pais não tinham condições para os criar, e então eles que nem sequer os preparam para quando tinham de sair de lá.
É um livro muito forte, cheio de sentimentos, por vezes tive de largar a leitura estava a ficar muito angustiada e ansiosa com as situações.
Mas por outro lado adorei a história de amor, que nos dias de hoje já é raro ver uma história de amor tão duradoura, e tão forte.
Um livro que desperta dois tipos de sentimentos amor e ansiedade.



quinta-feira, 3 de outubro de 2013

A Rapariga e o Espelho

Autor: Cecilia Ahern
Data de publicação: Julho de 2011
Editora: Editorial Presneça
Páginas: 102
ISBN: 978-972-23-4566-8



Da bem conhecida autora de P.S. - Eu Amo-te, este livro inclui dois contos tão sedutores quanto estranhos e originais. Entre a magia e o esplendor, com certo pendor nostálgico, não deixa de transmitir uma ironia ligeiramente perversa que mexe com as emoções do leitor.

 Lila nem quer acreditar na sorte que tem... Encontrou o homem dos seus sonhos e está prestes a casar com ele. Mas quando um segredo do passado da família é revelado, exatamente no dia do seu casamento, a sua vida muda da forma mais inesperada...

Estas pequenas história fizeram-me lembrar nas história de fadas e princesas que nos lê quando somos crianças, só tenho é pena de os finais serem um pouco dúbios sem grandes certezas.
Por outro também achei um livro bastante estranho para uma autora que consegue escrever romances tão emocionantes e sensíveis que me deixam a chorar o livro praticamente todo e depois sair-se com umas história destas que não parecem fazer muito sentido.
E eu que estava com uma enorme curiosidade em ler este livro, esperando que fosse como os que ela nos habitou.
Quero agradecer à minha amiga Clarinda do blogue Ler é Viver o empréstimo.



quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Os Doze




Autor: William Glastone
Data da publicação: Outubro de 2010
Editora: Pergaminho
Páginas: 262
ISBN: 978-972-711-955-4


Este romance extraordinário e inesquecível conta a história de Max, um herói invulgar que é lançado pelo destino numa viagem de descoberta do segredo por trás da antiga profecia Maia sobre o final dos tempos - previsto para 21 de Dezembro de 2012. Em criança, Max vivia isolado num mundo feito de padrões numéricos e cromáticos, e só começou a falar aos seis anos de idade. Aos quinze anos sofre uma experiência de quase-morte durante a qual tem uma visão que lhe revela os nomes de doze pessoas. Embora não consiga compreender o sentido desta revelação, Max sente que tem um significado profundo: todos Os Doze parecem estar ligados entre si e todos eles têm um papel a desempenhar no momento em que o mundo chegar ao fim. Através de várias aventuras espetaculares em Jerusalém, Atenas, Londres, Índia, Istanbul, China, Japão e México, vai sendo revelado aos leitores como Max e Os Doze cumprem a missão que o destino lhes reserva: descobrir o verdadeiro sentido da misteriosa data de 21 de Dezembro de 2012.
 Estará a antiga profecia Maia correta? Estará de facto próximo o fim do mundo tal como o conhecemos? Ou haverá um sentido oculto, mais profundo e misterioso, para esta profecia arcana? Combinando elementos do thriller, do romance iniciático e da literatura esotérica, Os Doze é um dos livros mais invulgares e cativantes dos últimos tempos.


Ao ler a sinopse deste livro fui levada a pensar que se tratava de uma história de aventura, mas não era bem assim, visto que eu estava à espera de uma aventura tipo Indiana Jones, e o resultado é um tipo diferente de aventura, uma mais espiritual.
Não gostei nem desgostei do livro, simplesmente tem uma escrita simples e fluída, não é maçador, uma leitura leve que dá para desanuviar.
E pensar que a data de que se fala no livro deu tanta celeuma e controvérsia nos meios de comunicação, e eu como sou do contra só li o livro depois de a data ter passado.



terça-feira, 1 de outubro de 2013

A Herança do Vazio

 
 



Autor: Kiran Desai
Data de publicação: Março de 2007
Editora: Porto Editora
Páginas: 413
ISBN: 978-0241-1434-83


Neste magnífico romance, vencedor dos Man Booker Prize 2006 e National Book Critics Circle Award, Desai como que cria uma tapeçaria em que todas as personagens partilham uma herança comum de impotência e humilhação. E, com uma mestria sublime, consegue, ao longo de toda esta poderosa saga familiar, deixar sempre em aberto um desfecho de esperança ou de traição.

No nordeste dos Himalaias, numa casa isolada no sopé do monte Kanchenjunga, vive Jemubhai, um velho juiz amargurado, que tudo o que quer é reformar-se em paz, na companhia da única criatura a quem é capaz de dar algum afeto, a sua cadela Mutt. No entanto, a chegada inesperada da neta órfã, Sai, abalará o seu sossego, obrigando-o a remexer as suas memórias e a repensar a sensação de estranheza na própria pátria.
 Tudo isto se acentuará com o romance entre Sai e Gyan, um nepalês que se envolve numa revolta que alterará inquestionavelmente a vida de Jemubhai.
A serenidade da vida do juiz contrasta com a existência do filho do seu cozinheiro, Biju, que saltita sucessivamente de restaurante em restaurante, em Nova Iorque, à procura de emprego, numa fuga constante aos Serviços de Imigração. Julgando que o filho leva uma vida boa e que acabará por vir resgatá-lo, o cozinheiro vai arrastando os seus dias.
Numa escrita inesgotavelmente rica e complexa, com rasgos de exotismo, a autora retrata temas tão atuais como a globalização, o colonialismo, o racismo, o abismo entre pobres e ricos e a imigração.



De início adorei a história, mas conforme a narrativa foi desenvolvendo, o que para mim não desenvolveu nada é tudo muito parado, cheio de mais do mesmo, parece uma eterna repetição, e então a coisa começou a arrastar-se.
Nos termos de vista a conhecer um pouco melhor como se passa as coisas entre os vários estratos da sociedade  indiana, é um bom indicador mas confesso que estava à espera de um pouco mais de acção, sem ser revoltas, greves, protestos, por vezes até parecia que estava a ler o roteiro de um telejornal de cá.
Penso que esperava mais um romance que a vida real romanceada.