Autor: Ágata Ramos Simões
Data de Publicação: 2012
Editora: Amazon Digital Services, Inc.
Páginas: 153
ISBN: -
Sinopse
Renata é Portuguesa e é a mulher mais feia do mundo. Ela habita num Portugal Alternativo onde as Feias são consideradas estúpidas e tratadas de acordo com esse epíteto.
Renata, um dia é raptada por Shayar, um sultão que colecciona feias. Renato, há anos secretamente apaixonado por ela, tenta salvá-la...
Começo por agradecer à autora, Ágata Ramos Simões, por me ter cedido um exemplar do livro para o poder ler e assim o poder inserir no mês de autores portugueses emergentes. Autora está presente em várias antologias nacionais, sendo uma delas a antologia Fantasporto 2012, tem participações em várias Bang! (nº 0, 1 e 5), e vários livros de que destaco “Senhor Bentley, o Enraba-Passarinhos”, publicado pela editora Saída de Emergência no princípio de 2006.
"Ganhou o 1º prémio no concurso literário “António Mendes Moreira” da Câmara Municipal de Paredes com o manuscrito “À Procura de um Livro” e ganhou igualmente o 1º prémio ex-aequo no concurso literário Orlando Gonçalves da Câmara Municipal da Amadora com o mesmo manuscrito."
Com este currículo já não se trata bem de uma autora emergente, tem já obra publicada e premiada, mas que infelizmente eu desconhecia (a obra). Com esta livro, Renata a feia, fiquei a conhecer uma autora que me deixou deveras curiosa, tenho algumas coisas a apontar, mas no geral, fiquei intrigada e curiosa por ver o que mais a autora terá para oferecer.
Quanto ao livro, gosto de começar pelos pontos positivos, a ideia é boa, cativa desde cedo. A escrita é interessante, boa até. Não me identifico com este tipo de escrita, mas que reconheço estar interessante. Há algumas gralhas, poucas, e devido ao rebuscado da escrita, as vírgulas que falham podem ser essenciais.
A história trata do caso de uma feia, a mulher mais feia de todas (estranhei não haver feios), Renata. Inteligentissima e bem sucedida, é descriminada e de tão feia que é vomitam-lhe constantemente nos sapatos. Conhecemos a vida de Renata e daqueles que a rodeiam e que fazem parte do seu percurso, mas nunca criamos grande relação/empatia com nenhuma das personagens. O livro é-nos contado em forma de documentário e vários são os intervenientes que entram e saem sem contribuírem muito para a história. Exemplo, será Raquel, que numa primeira fase até confundi com Renata, e que entra e sai sem nada acrescentar à história principal; o rapto de Renata pelo sultão, homem rico que gosta de coleccionar feias. Do meu ponto de vista, o fim deixa muito a desejar, estava à espera de algo que me fizesse rir, como em muitos momentos da leitura, mas no fim, ficamos indiferentes. Acho que a capa e a sinopse podem ser melhoradas, nenhuma delas faz justiça ao livro.
Em geral, acho-o médio, mas fiquei curiosa em ler mais da autora.
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