segunda-feira, 30 de julho de 2012

O Amor está no Ar

Autor: Dorothy Koomson
Data de Publicação: Fevereiro de 2010
Editora: Porto Editora
Páginas: 336
ISBN: 978-972-0-04171-5

Deixe-se levar pela magia do amor...

Depois de sair de Londres para seguir o seu desejo de mudar de vida, Ceri D'Altroy jura abandonar definitivamente as suas manias de casamenteira. Isto porque parece que a sua simples presença acaba por incentivar as pessoas que encontra pelo caminho a mudar de vida.

No seu novo emprego, conhece Ed que decidiu declarar o seu amor por uma mulher que o enlouquece; Mel e Claudine, dois amigos de longa data que resolvem iniciar um romance ilícito; e Gwen, a chefe de departamento que é uma fumadora compulsiva e esconde um segredo profundo e sombrio que só quer partilhar com a sua nova funcionária.

Quem entra em contacto com Ceri, nunca mais volta a ser o mesmo.
Será ela o Cupido dos tempos modernos?



Lá me vou repetir outra vez, mas creio que este é o primeiro livro que leio desta autora, e confesso que fiquei rendida.
A sua escrita simples e fluída deixa-nos presos logo no início do livro e neste em que também vamos aos poucos sabendo mais e mais acerca da personagem principal, faz com que seja difícil parar de ler, pois queremos sempre saber o que se irá passar a seguir. Identifiquei-me tanto, mas tanto com a Ceri, pois quando andava na escola podia-se dizer que não tinha amigos, já que só me falavam quando precisavam de ajuda ou queriam fazer de mim a sua ouvinte privilegiada das suas desgraças e pedir concelhos, o que me fazia enterrar as cabeça nos livros daí gostar tanto de ler.
O final foi mesmo brilhante não estava nada à espera que acontecesse, como nos últimos capítulos desconfiei que acontecia mas acabou por não se realizar, mas não digo o quê, se quiserem saber terão de ler.
Recomendo vivamente, um livro para saborear e degustar com calma.

sábado, 28 de julho de 2012

Descalças

Autor: Elin Hilderbrand
Data de Publicação: Julho de 2010
Editora: Contraponto
Páginas: 317
ISBN: 978-989-666-082-6


Três mulheres -carregadas com crianças e alguns problemas emocionais óbvios -chegam ao aeroporto de Nantucket numa quente tarde de Verão. Vicki, mãe de dois rapazes, estáa tentar aceitar a notícia de que tem uma doença grave; a irmã, Brenda, foi despedida do seu prestigiado emprego de professora universitária por manter uma relação íntima com um estudante; e a amiga de ambas, Melanie, após sete tentativas falhadas de fertilização invitro, está finalmente grávida -depois de descobrir que o marido tem um caso. Com o intuito de sarar as feridas, apanhando sol e sentindo a areia nos pés, "fugiram"para Nantucketsem saber que encontrariam Josh, um desconhecido que mudará as suas vidas. Será que a adorável casa de férias, que pertence à família há gerações, vai ser suficientemente grande para o turbilhão de emoções que a invade? Descalças une estas quatro vidas numa história irresistível. Um romance tão divertido, memorável e agridoce quanto a própria vida.


É caso para se dizer ufa, mas não me interpretem mal, adorei, fiquei rendida logo no início a escrita é fluída, e de fácil leitura, mas o tema é forte, tem partes que me levaram às lágrimas e fiquei com aperto no peito.
São várias histórias dentro de uma história, é muito emocionante, e as personagens vão-se desvendando ao longo da narrativa, o final é muito diferente daquilo que estava à espera, fiquei surpreendida.
Um livro maravilhoso, foi a minha estreia com esta autora, que agora fiquei curiosa para saber se os outro também serão assim.
Fiquei com a sensação de que todas as personagens ao longo da narrativa vão crescendo na sua maturidade e assim conseguindo ultrapassar os obstáculos e dificuldades com que se cruzam.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Os Jogos da Fome

Os Jogos da Fome

Autor: Suzanne Collins
Data de Publicação: 2009
Editora: Editorial Presença
Páginas: 260
ISBN: 9789722342391

Sinopse
Num futuro pós-apocalíptico, surge das cinzas do que foi a América do Norte Panem, uma nova nação governada por um regime totalitário que a partir da megalópole, Capitol, governa os doze Distritos com mão de ferro. Todos os Distritos estão obrigados a enviar anualmente dois adolescentes para participar nos Jogos da Fome - um espectáculo sangrento de combates mortais cujo lema é «matar ou morrer». No final, apenas um destes jovens escapará com vida… Katniss Everdeen é uma adolescente de dezasseis anos que se oferece para substituir a irmã mais nova nos Jogos, um acto de extrema coragem… Conseguirá Katniss conservar a sua vida e a sua humanidade? Um enredo surpreendente e personagens inesquecíveis elevam este romance de estreia da trilogia Os Jogos da Fome às mais altas esferas da ficção científica.


Terminei o livro agora e li-o em cerca de 24 horas, um pouco menos até, visto estar a trabalhar 9, mas a parte disso, é um livro interessante. Cativa, é rápido de ler e com uma linguagem muito fácil; afinal é um juvenilia. Já saiu em filme e quase de certeza que funcionará bem, tem material que chegue para ser um filme de acção razoável.

Eu sei que estou a ser um pouco contraditória, afinal se o li num dia e se não lhe aponto nenhum defeito, porque é que não demonstro mais entusiasmo... Pois, teve a ver com o desfecho da obra. Claramente um fim para poder escrever mais dois outros livros (já escritos e até publicados entre nós). Se tivessem terminado o livro e se não lhe forçassem tanto o romance entre as duas personagens principais, ficaria muito mais adepta do livro.

A sinopse explica, quanto basta, o livro e este está bem conseguido e mesmo sendo para jovens, não está demasiado simples e as personagens estão desenvolvidas, tem personalidade, defeitos e qualidades. Os ambientes estão bem descritos e tudo, mas aquele forçar para que tudo corresse bem, mas ao mesmo tempo que ficasse meio em aberto... não me convenceu.

Acho que se decidirem ler o livro, vão gostar, quase de certeza e vão querer comprar os dois que completam a trilogia, eu é que preferia algo diferente como final.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Uma noite em Lisboa

Uma noite em Lisboa

Autor: Erich Maria Remarque
Data de Publicação: 2011
Editora: Jornal Público/Edições Saída de Emergência
Páginas: 269
ISBN: 9789896821012


Sinopse

A Alemanha Nazi ocupava grande parte da Europa. Terra de todos e de ninguém devido ao jogo duplo de Salazar, Lisboa foi durante toda a guerra um território neutro. Num cenário de guerra e perseguição, tornou-se o paraíso à beira-mar plantado. Para além da sua beleza natural e da paz, foi uma das poucas portas de saída para os que desejavam uma oportunidade para construir uma nova vida do outro lado do Atlântico.


Depois… uma noite em Lisboa, quando um refugiado olha cobiçosamente para um transatlântico, um homem aproxima-se dele com dois bilhetes de embarque e uma história para contar. É uma história perturbante de coragem e traição, risco e morte. Onde o preço do amor vai para além do imaginável, e o legado do mal é infinito. À medida que a noite evolui, os dois homens e a própria cidade criam um laço que vai durar o resto das suas vidas…


Foi uma das melhores leituras deste ano (até ao momento claro). O livro passasse durante uma noite em Lisboa, enquanto esperam pela partida de um barco para os Estados Unidos da América. Schwarz oferece as suas passagens de barco em troca de ser ouvido por uma noite. Quer contar a sua história de refugiado, uma história de amor, e quer ser ouvido, quer preservar assim a memória do que aconteceu e de alguém.

O livro não tenta ser pretensioso, nem ser um testemunho anti-nazi ou anti-guerra, não tem um escrita complicada e trabalhada. Trata-se "apenas" de Schwarz, um judeu com passaporte falso que tem de fugir e abandonar tudo e todos para salvar a vida.

Um dos pontos que mais gostei neste livro, é o facto de termos boas descrições de Lisboa durante a Segunda Guerra Mundial, e do que Portugal representava para os judeus que conseguiam fugir. Os caminhos que os refugiados utilizavam, os medos e os perigos que passavam durante a fuga e de tudo o que era preciso fazer para sobreviver.

Pessoalmente é uma tema sobre o qual gosto de ler e acho que este livro foi uma belíssima aposta.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Little Brother

Little Brother

Autor: Cory Doctorow
Data de Publicação: 2011
Editora: Editorial Presença
Páginas: 368
ISBN: 978-972-23-4513-2

Sinopse

Marcus é um adolescente de dezassete anos para quem a internet e as novas tecnologias não têm quaisquer segredos. Um dia ele e os amigos vêem-se no sítio errado à hora errada e são apanhados no rescaldo de um ataque terrorista em São Francisco. Levados pelo Departamento de Segurança Interna para uma prisão secreta, são interrogados dias a fio até serem libertados - todos menos um. Marcus está determinado a descobrir o que aconteceu ao amigo numa cidade em estado de sítio onde todos os cidadãos são tratados como potenciais terroristas. Isso deixa-lhe apenas uma opção: começar um jogo perigoso com o governo...


Prémios


Prometheus Award 2009
John W. Campbell Memorial Award 2009
Sunsurst Award 2009


Este foi o primeiro livro sugerido para o clube de leitura Bertrand do Porto, organizado mensalmente na Bertrand do Grand Plaza no Porto, penso eu no mês de Maio. Não conhecia o autor nem a obra e o título agradou-me por ser uma referencia explicita ao Big Brother do 1984 de George Orwell, livro este que eu adoro e que se encontra na minha lista de livros preferidos. Se parti para a leitura deste livro com altas expectativas, terminei-o com vontade de bater com ele na cabeça de alguém.

Para começar é um livro juvenil o que até não seria um problema se me tivessem feito essa nota antes de eu o começar a ler. Além de ser um livro para jovens é também um livro com personagens demasiado “cruas” e muito básicas exatamente para agradar a um público mais jovem. É um livro cheio de acção como será de esperar, mas ao mesmo tempo, é contraditório por ser muito informativo a nível de tecnologias, descrições de sistemas informáticos e sistemas de segurança (criptografia, chave pública e chave privada, etc.). Chega mesmo a explicar a lógica por trás dos sistemas de segurança ao pormenor. O que não considero nem um pouco lógico, é por um lado ter uma escrita básica e personagens simples e por outro ter descrições pormenorizadas de criptografia. Em vários momentos fiquei convencida que o autor estava era a doutrinar o leitor para usar criptografia.

De resto, o livro baseia-se num “9 de Setembro” desta vez em San Francisco, onde um grupo de miúdos que, por se encontrar na zona do atentado, é interrogada por vários dias. A segurança interna ganha poder com o atentado e passa a ser inquestionável, um pouco à imagem do que se passou nos EUA após o atentado do 9 de Setembro. A personagem principal – Marcus, revolta-se com a situação de perder a liberdade de expressão, a liberdade de poder ir onde quiser sem que a segurança interna o interrogue sobre os estranhos padrões que detectaram no uso do passe, ou o porquê de ter estado fora de casa até tão tarde. Marcus sente-se especialmente obcecado com o facto de todo o tráfego de internet ser vigiado pela segurança interna. Assim, de obstáculo em obstáculo, a personagem tenta ultrapassar cada medida de segurança que o afasta da sua liberdade.

Como já referi as personagens são muito elementares e a história gira em volta de um grupo de miúdos. Os adultos são todos um grupo de imbecis na óptica da personagem, assim como todos os problemas são resolvidos apenas por si.

Um livro que não achei interessante e também achei uma escolha infeliz para o clube de leitura. Para além do referido este é um livro que só muito marginalmente se pode enquadrar no género pretendido.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Em espera (Agosto)

Julho
12) Uma noite em Lisboa - Erich Maria Remarque [9/10]
13) Matadouro 5 ou A Cruzada das Crianças - Kurt Vonnegut [9/10]
14) Eu sou a lenda - Richard Matheson [7/10]
15) Os Jogos da Fome - Suzanne Collins [8/10]

Julho foi um bom mês de leituras. Consegui ler os 3 livros a que me propus e fiquei contente com a qualidade dos mesmos. Aliás pelas "notas" dá para ver que foi um bom mês. Como melhor livro destaco claramente o Matadouro 5. Nestes 5 dias que faltam, provavelmente ainda termino mais algum.


Para Agosto tenho uma lista ambiciosa e interessante. Vou começar por ler uma obra dos Irmãos Grimm — Children's and Household Tales. Provavelmente em eBook, são contos e parece-me que será um leitura leve e rápida. Não encontrei cá por casa nenhuma edição desta obra, por isso terá de servir.

De seguida irei ler Alice no País das Maravilhas e Alice do outro lado do espelho ambos de Lewis Carroll. Arranjei as edições da Europa-América em livro de bolso, com ilustrações originais e adorei as capas. Além disso tem um preço bem simpático.




Tenho de ler o Bons Augúrios de Neil Gaiman e Terry Pratchett para o Clube de Leitura Javardo, é melhor nem perguntarem do que se trata. Não conheço o livro e nunca li nada dos autores (apenas um conto do Gaiman) por isso estou um pouco desconfiada em relação a este, mas veremos. A Lady Entropy falou maravilhas do livro por isso veremos.

Decidi também reler o Frankenstein da Mary Shelley, mas caso o faça procurarei a edição na altura. Por isso, para já serão estes 5 os livros a ler em Agosto.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Matadouro 5 ou A cruzada das crianças

Matadouro Cinco ou a Cruzada das Crianças

Autor: Kurt Vonnegut
Data de Publicação: 1990
Editora: Editorial Caminho
Páginas: 195
ISBN: 9722105361

Sinopse

Matadouro 5, obra-prima do norte-americano Kurt Vonnegut, conta a tentativa de um ex-soldado americano que lutou na Segunda Guerra Mundial e que assistiu ao bombardeio da cidade de Dresden de escrever sobre a experiência da guerra. O personagem por ele criado, Billy Pilgrim, é um americano bem de vida e interiorano que viaja no tempo, para outros planetas, e revisita diversos momentos da sua própria vida – sendo o ponto crucial da sua existência o episódio em que foi feito prisioneiro durante a Segunda Guerra, quando vivenciou o bombardeio da cidade alemã, em que morreram 135 mil pessoas – o dobro de mortes causadas pela bomba de Hiroshima.


O resultado desta inusitada história é uma narrativa inigualável, fantasiosa, sarcástica, engraçada, satírica, irónica, triste e cheia de sentido. Publicado primeiramente em 1969, em plena Guerra do Vietnã, Matadouro 5 foi classificado pelo conselho editorial da Modern Library como um dos 20 melhores romances em língua inglesa do século XX. Embora seja conhecido como um dos principais romances norte-americanos anti-guerra, nele Vonnegut oferece muito mais do que um libelo pacifista. Trata-se de crítica social da mais criativa, inclassificável e actual, da expressão de uma visão de mundo ingénua e desencantada ao mesmo tempo.


Para mim, esta obra tem uma das definições de viagens no tempo mais interessante e original que li. Usualmente nas viagens do tempo, o viajante pode-se encontrar "consigo mesmo", pode alterar todo o futuro ao pisar uma mosca, ou pode dar saltos temporais de centenas de anos. No matadouro 5 as viagens temporais são feitas durante o espaço temporal da vida da personagem, Billy salta entre os vários episódios da sua vida, adormecendo por vezes no campo de prisioneiros alemão e acordando numa viagem de avião que efectua 25 anos depois com o sogro. Billy tem a noção destes saltos e sabe em cada momento o que aconteceu/acontecerá, mas não tem por isso intenções de alterar os acontecimentos, vive-os apenas. Assim como Billy não teme a morte, porque como ele diz, morrera e vivera outros momentos inúmeras vezes, infinitamente.
Poderá ser um conceito estranho mas que torna a narrativa simplesmente fantástica, então imaginem, assim que começamos a narrativa, Billy diz-nos que sobrevivera ao ataque aéreo de Dresden, conta-nos quem morrera fuzilado e onde, assim como a meio do livro assistimos à morte de Billy, etc. etc. A ordem dos acontecimentos não tem a sequência temporal comum, mas apenas as dos saltos de Billy. Está muito bem escrito.

Para além disto o sentido de humor com que a história nos é contada chega a ser irreal, tudo nos é apresentado como um facto da vida, algo que não é possível mudar, daí o autor estar constantemente a repetir-se com o "Assim foi"/"É a vida". É por isso curioso e chocante ver como Billy aceita todos as injustiças e azares que lhe acontecem, mas que ao mesmo tempo o salvam de morrer mais cedo. Isto porque ele já sabe como é que as coisas irão acontecer, porque já "lá" esteve ou já as viveu antes.

Adorei. Bem escrito, personagens fantásticas e um sentido de humor negro mas delicioso.

Nota: Os momentos "históricos" são também muito interessantes. Ficamos a saber que no ataque a Dresden morrem cerca de 100.000 pessoas, a maioria civis, ou seja, morreram mais pessoas neste ataque aéreo Americano (mais uma vez) do que em Hiroshima.


sábado, 21 de julho de 2012

Sete Meses e Meio para Encontrar um Namorado

Autor: Carolina Aguirre
Data de Publicação: Agosto de 2011
Editora: Caderno
Páginas: 238
ISBN: 978-989-23-1497-6







"Ontem devia ter matado a minha mãe e a minha irmã, mas em vez de as apunhalar, comi meia tarte de limão e chorei."

Lúcia já entrou na casa dos trinta, tem uns quilitos a mais, vive sozinha e tem azar no amor. Como se não bastasse, a sua irmã mais nova, Irina "a perfeita", acaba de anunciar à família que se vai casar. Nesse dia fatídico, Lúcia ouve uma conversa entre a perversa da mãe e a filha favorita: "Aposto que a tua irmã vai ao casamento sozinha, gorda e vestida de preto. Mas se for com um namorado, e um namorado a sério, pago o copo d’água!"
Furiosa, Lúcia promete a si mesma que vai estragar os planos da mãe, dê por onde der. E começa à procura do seu príncipe encantado. Será o Marcelo? Bom rapaz, mas feio que dói… Ou o Matias? Esse tem pinta, mas fama de mulherengo… Numa alucinante sucessão de encontros, ao longo 227 dias, Lúcia vai procurar o Sr. Certo. E, quem sabe, encontrá-lo mesmo ao virar da esquina…
Sete Meses e Meio Para Encontrar um Namorado é o diário real, terno e divertido, de um mulher que não desiste nunca do amor.



Bem confesso que estava um pouco com medo da minha reacção a este livro por causa de certas opiniões que li.
Mas não me desiludiu é muito divertido e cheio de peripécias realmente a Lúcia ou tem azar  ou  então tem uma propensão para as situações mais hilariantes e humilhantes que se possa imaginar.
Revi-me em certos aspectos da personagem nomeadamente a questão do peso, a mãe da Lúcia tem conversas parecidas com a minha própria mãe.
Vezes houve em que apeteceu dar umas  chapadas valentes na Lúcia, já que se não gosta do homem se ele não a satisfaz nem faz feliz porque continua com ele na mesma?
É um livro leve que se lê muito bem e divertido.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Em espera (Julho)


Então o que é que eu tenho em espera para o resto do mês de Julho perguntam vocês, para começar vou terminar Matadouro 5 ou A cruzada das crianças de Kurt Vonnegut

Era um livro que eu pretendia ler há já algum tempo por vários motivos: é sempre uma das obras de referencia da ficção cientifica, já me foi recomendado pela minha cara metade,  e tem excelentes criticas, ou péssimas. Agora ficaram confusos, este é um daqueles livros que ou adoram ou detestam o que eu normalmente considero um bom sinal. (Não vou explicar porquê, se não divago demasiado)

Calhou bem o livro ter sido escolhido para Outubro no clube de leitura da Bertrand, então aproveitei e comecei por este. Tive o azar da minha edição da Caminho - ficção cientifica (capa azul) - nº119 ter várias folhas em branco.



Então tive de procurar aqui nas estantes a outra edição que temos da Editorial Futura (1973).

Estou sensivelmente a meio do livro e estou a adorar, as personagens, a escrita, a leveza e o humor negro com que ele nos conta a história está-me a deliciar.


De seguida tenho então para ler o Eu sou a lenda de Richard Matheson. Livro escolhido para Julho no clube de Leitura da Bertrand. Temos cá por casa a edição da Saída de Emergência e já esta de lado. Não tenho grande expectativa em relação ao livro, vi o filme e não o achei nada de especial, mas gosto de vampiros, dos clássicos claro. Nada dos amorosos que brilham ao sol. Por isso veremos.


Por fim caso haja tempo, ainda terei o Os jogos da Fome de Suzanne Collins. Este foi oferta da Lady Entropy, uma das nossas amigas bibliófilas, aos meninos cá de casa, mas eles ainda não lhe pegaram e como a Ripley falou muito bem dele (outra grande amiga), decidi pô-lo na lista a ler deste mês.




quinta-feira, 19 de julho de 2012

Remodelações


Como já devem ter notado o Muito para ler concluiu as suas remodelações. Gostaríamos de vos convidar para fazer comentários sobre o novo aspecto, até faríamos uma festinha de inauguração aqui pelo blog, mas vocês sabem como as coisas estão complicadas, por isso cá ficamos apenas com o convite para todos os nossos seguidores e todos os que passarem por aqui que deixem a sua opinião. Se gostam mais ou se gostam menos. Se acham que se lê bem ou se tem coisas a mais, etc. etc. Nós prometemos ler todas as opiniões e reflectir sobre as mesmas. 
Aproveitamos também para agradecer a todos que nos visitam diariamente e que deixam aqui comentários; gostamos de receber o vosso feedback. 



A Imperfeição do Amor

Autor: Joaquim Mestre
Data de Publicação: Setembro de 2007
Editora: Oficina do Livro
Páginas: 189
ISBN: 978-989-555-313-6

Uma criança que adivinha o futuro e um homem que escreve cartas de amor cruzam-se num universo mágico de lendas e crenças.

A vila de Mazouco, na Galiza, nunca mais foi a mesma desde a noite em que uma estrela parou sobre a taberna de Xosé Regueiro e nasceu o seu filho, Quico Regueiro. Os acontecimentos que se seguiram, deixando todos maravilhados, vão construindo e ao mesmo tempo desvendando uma teia narrativa que evoca autores como Juan Rulfo ou Gabriel García Márquez.
Uma criança prodigiosa capaz de adivinhar o futuro, a história de um pastor enganado pela mulher, uma artista de circo pouco dada aos pudores da vida ou um homem que escreve cartas de amor que enfeitiçavam as mulheres fundem-se numa história de grande riqueza onírica e uma linguagem poética envolvente.
Depois de O Perfumista, editado também pela Oficina do Livro, A Imperfeição do Amor vem confirmar a originalidade da escrita de Joaquim Mestre na literatura portuguesa actual.




Que se pode dizer deste livro? No mínimo estranho, realmente nem sei que dizer, partes houve em que me perdi completamente e não percebi nada do que estava a ler, outras fiquei como que colada à leitura, é uma mistura.
Estava desejosa de ler "O Perfumista", mas depois desta sal ganhada toda não sei se tenho vontade de lhe pegar,tenho de medo de ter criado muitas expectativas e que depois não seja nada daquilo que estou à espera.
Não achei as personagens nada por aí além, tudo muito triste só desgraças, sem nada que desse cor à narrativa, parecia que naquela aldeia ninguém era feliz ou pelo menos contente.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Nota


Nas próximas 24 horas, o nosso querido Muito para Ler irá sofrer alterações estéticas. Umas imagens novas, umas cores mais vivinhas, essas modernices. Peço a vossa compreensão se ele vos parecer despido ou com a informação toda confusa, mas esperamos que amanhã por esta hora já tudo esteja resolvido.
Obrigada.


O Coração de Murano

Autor: Marina Fiorato
Data de Publicação: Julho de 2011
Editora: Porto Editora
Páginas: 281
ISBN: 978-972-0-04286-6


O fabrico de vidro e cristal representa um inestimável monopólio para a República e os espelhos venezianos são considerados mais valiosos do que o ouro. Sob a vigilância atenta do Conselho dos Dez, os sopradores de vidro de Murano vivem praticamente aprisionados na pequena ilha, onde os segredos do seu ofício são guardados a sete chaves. Mas o maior dos artífices, Corradino Manin, ver-se-á forçado a revelar os seus métodos e a vender a alma a Luís XIV, o Rei Sol, para proteger a sua filha ilegítima.

Quase quatro séculos depois, Leonora Manin deixa para trás um passado infeliz em Londres para iniciar uma nova vida como sopradora de vidro em Veneza. Será na cidade mágica dos canais que encontrará o amor e a possibilidade de refazer a sua vida. No entanto, à medida que os segredos da traição do seu antepassado vão sendo desvendados, Leonora verá o seu próprio destino interligado com o de Corradino.

Entre dois tempos, o período renascentista e a actualidade, O Coração de Murano é um romance inesquecível que decorre na mais bela cidade do mundo.




É o primeiro livro que leio desta autora e confesso que estava ao mesmo tempo entusiasmada e com receio de não gostar, pois por vezes as sinopses enganam.
Mas desta vez não foi assim, de início achei a história um pouco confusa, visto que a acção é passada em duas épocas distintas, no passado onde acompanhamos o antepassado da protagonista, e no presente onde a protagonista como que procura as suas raízes e podemos dizer que se tenta encontrar visto que não se consegue enquadrar na sua vida nem na cidade onde vive.
É uma história linda, uma história de amor e ao mesmo tempo de descoberta interior, Leonora ao longo do avanço da narrativa vai descobrindo o seu antepassado e descobrindo-se a si própria e ao seu interior, relegando para segundo plano o amor perdido, o casamento desfeito, a mágoa de não se entender com a própria mãe que descreve como uma pessoa amarga.
Depois de uma decisão da qual fez segredo muda-se para Veneza, e aí ao poucos encontra a sua verdadeira vocação na arte de soprar vidro, acalma o coração magoado apaixonando-se novamente e descobrindo que o que pensava acerca de si própria não é verdade.
Recomendo verdadeira mente para que gosta de uma boa história de amor, com História à mistura, segredos,  enredos, que no final se revelam.
Adorei Leonora identifiquei-me de tal modo que cheguei ao ponto de sentir a angústia que a própria sentia quando se sentia perdida e só.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Um Jantar Muito Original, e A Porta

Um Jantar Muito Original, seguido de A Porta

Autor: Fernando Pessoa sob o heterónimo de Alexander Search
Data de Publicação: 2008
Editora: Relógio d' Água
Páginas: 52
ISBN: 9789896410148



Sinopse

Um Jantar Muito Original e A Porta são dois contos escritos entre 1906 e 1907 por Fernando Pessoa, usando a língua inglesa e o heterónimo de Alexander Search, por ele próprio definido como «um habitante do inferno». São contos fantásticos, centrados na perversidade, no mistério e na loucura e em ambos pode ver-se alguma influência de Põe. Um Jantar Muito Original teve uma discreta divulgação em 1978. De A Porta, que permaneceu muito tempo inédito, publica-se a parte decifrável. O trabalho de recolha e tradução dos textos foi feito por Maria Leonor Machado de Sousa, conhecida investigadora da obra de Pessoa e da literatura fantástica portuguesa.


Qualquer um dos contos tem um interesse próprio. Mas ambos, e sobretudo A Porta, revelam aspectos importantes de Fernando Pessoa que reconheceu entre as suas «complicações mentais» «o medo da loucura, o qual, em si, já é loucura».




O livro é constituído por dois contos, Um Jantar Muito Original seguido de A Porta. Não sendo uma grande admiradora de Fernando Pessoa, nunca tive grande curiosidade na sua poesia quando esta me foi impingida no secundário, peguei no entanto no livro com algum interesse e esperança. Sendo os contos “a minha praia”, como gostam agora de dizer, quer na escrita, quer na literatura, são também muito mais difíceis de escrever. Um bom conto é difícil de conseguir, assim como tendemos a ser mais exigentes com os contistas.
Neste caso o primeiro conto “Um Jantar Muito Original” trata-se tal como o nome indica, de um jantar entre um grupo de apreciadores da boa mesa, organizado com a finalidade de ser original e desafiante para os seus participantes. Pois estes devem adivinhar o que de misterioso e original, único e nunca visto antes, tem aquele jantar organizado para eles.
A ideia é interessante e o conto está bem escrito, fluido e sem ser aborrecido ou demasiado longo, o que num conto é “nota negativa” logo. Não achei foi o desafio impossível de adivinhar, ou melhor, logo de início percebi o que é que se passaria no jantar, contudo admito que cem anos atrás o conto seria certamente inovador.
Quanto ao segundo conto, estava a correr tão bem, achei a história que o narrador estava a contar interessante e muito de acordo com aquilo que eu gosto de ler, um mistério aparentemente inexistente, mas que não passa despercebido. Um rapaz que sempre que passa por uma porta especifica não consegue resistir de lhe dar um pontapé, pode parecer inicialmente uma birra, mas quando esta psicose se mantém em adulto, não ficamos indiferentes e queremos saber o que alimenta tal fixação. Pois, gostariam? Pois, mas ficam sem saber. Ah pois, e sim são muitos pois seguidos, mas isto é para evitar outro tipo de linguagem, é que o conto não está terminado, nem correctamente transcrito, porque onde o manuscrito está ilegível temos espaços em branco.
Como podem imaginar fiquei deveras desiludida com o facto de venderem um livro com dois contos, e um deles estar inacabado. Pois... não gostei da publicação inacabada.

sábado, 14 de julho de 2012

O Manuscrito de Sir Charles

Autor: Carlos Alberto Torres
Data de Publicação: Maio de 2005
Editora: Dom Quixote
Páginas: 168
ISBN: 972 - 20-2834-0


Na sequência de uma profunda crise existencial, um professor argentino refugia-se num mosteiro em Portugal e, por puro acaso, descobre um manuscrito do século XII, no qual se apresentam uma série de argumentos que põem em causa os preceitos fundamentais das grandes religiões, nomeadamente a existência de Deus.



Bem confesso que quando acabei de ler o livro pensei que grande porcaria. Ainda bem que não o comprei, nem troquei foi só um empréstimo de uma amiga.
No início o livro começa bem mas depois quando Carlos encontra o manuscrito e o começa a ler chega a ser maçador, pois é só filosofia e durante uma série de páginas não existe mais nada que aconteça, depois começa a ver-se um pouco de acção quando uma série de potências se interessam pelo manuscrito, e pensei bem é agora que o livro vai aquecer, e realmente a narrativa parece melhorar e o leitor volta a ficar envolvido na história mas quando se começa aproximar o fim, tudo parece terminar de uma forma abrupta e muito confusa e mesmo, mesmo na recta final fica-se com a sensação que algo escapou.
Um pequeno livro que podia ser muito melhor.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Viagem a Capri

Autor: Elizabeth Adler
Data de Publicação: Janeiro de 2011
Editora: Quinta Essência
Páginas: 338
ISBN: 978-989-8228-45-1


Quando o magnata inglês Sir Robert Waldo Hardwick morre de forma misteriosa num acidente de viação, deixa uma carta a nomear seis pessoas que suspeita lhe tenham desejado a morte. Daisy Keane e o investigador Harry Montana juntam-se para levar os suspeitos (e outros convidados como manobra de diversão) num fabuloso cruzeiro pelo Mediterrâneo, com todas as despesas pagas pelo falecido Sir Robert. O mistério aumenta à medida que vão aportando em Monte Carlo, Saint-Tropez e Sorrento. E as reviravoltas inesperadas são apenas o princípio.
Por fim, chegam à bela Villa Belkiss em Capri, onde será lido o testamento de Sir Robert... e o assassino desmascarado. Com a beleza da paisagem do Yorkshire, as estâncias do Mediterrâneo e o magnífico iate de cruzeiro, mais a atracção intensa entre o solitário Harry Montana e a desconfiada Daisy, as paixões inflamam-se e o encanto da Villa Belkiss deslumbra.
Ninguém escreve viagens maravilhosas ou suspense como Elizabeth Adler.



Bem mais um livro desta autora que é uma delicia, adorei este para além de ter romance tem muito mistério.
Durante todo o livro o mistério adensa-se só sendo revelado o assassino mesmo no final, e confesso que como fã da Agatha Christie adorei a parte em que todos vão a bordo do cruzeiro e estão a ser vigiados e depois quando chegam à villa para se fazer a acariação final e desvendar o assassino com tempestade e trovoada à mistura, fez-me lembrar os filmes do Poirot baseados nos livros de Agahta Christie, simplesmente divinal.
Este livro é um pouco diferente daquilo a que esta autora nos habitou mas não lhe fica atrás.
E como é óbvio adorei a personagem central Daisy tão ternurenta, conflituosa e amável tudo ao mesmo tempo.

sábado, 7 de julho de 2012

Quimera

Autor: Valerio Massimo Manfredi
Data de Publicação: Março de 2005
Editora: Editorial Presença
Páginas: 226
ISBN: 978-972-23-3328-3


Autor da famosa trilogia Alexandre, o Grande que vendeu milhões de cópias regressa com novo livro.

Trata-se de um thriller histórico-arqueológico que traz até nós um mistério fascinante e aterrador, uma vingança sanguinária e antiquíssima que, suspensa durante vinte e quatro longos séculos, irrompe agora dos abismos do tempo para se manifestar em toda a sua ferocidade. Fabrício Castellani, um jovem arqueólogo, encontra-se em Volterra para tentar desvendar o enigma que envolve uma belíssima estátua de bronze etrusca. O que esconde a estátua enigmática? Manfredi volta a deixar-nos rendidos à mestria com que reconstitui a atmosfera de uma civilização antiga.




Bem já tinha lido do mesmo autor O Exército Perdido e tinha ficado fã, e este também não me deixou ficar mal.
É um daqueles livros em que ficamos presos logo nas primeiras páginas, mistérios e mais mistérios que afinal são só um grande mistério com uma série de ramificações.
Tem partes de ficarmos com os cabelos em pé e de nos arrepiarmos, é um livro forte em emoções, mistérios, suspense, paixões, traições, vigarices,etc.
O final é de nos deixar sem fôlego bastante movimentado, cheio de acção que torna o livro difícil de largar.
Ao ler este livro ainda fiquei mais convencida que este é um autor que vale a pena seguir.
As personagens vão-se dando a conhecer ao longo dos acontecimentos e ao mesmo tempo as investigações levam tanto o leitor a sentir-se como as personagens.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

O Último Capítulo

Autor: Edmund Power
Data de Publicação: Janeiro de 2007
Editora: Saída de Emergência
Páginas: 255
ISBN: 978-972-8839-81-9


Vivemos na época dos best-sellers. As editoras só querem publicar best-sellers, os leitores só querem ler best-sellers... e há quem faça tudo para escrever um.

Quando Brendan Stokes, um escritor falhado, descobre o cadáver do vizinho, descobre também que lhe saiu a sorte grande: perto do corpo está uma obra-prima acabada de escrever.
Decide então fingir ser o autor do manuscrito e, quando os contratos milionários começam a chegar, a fraude revela ser uma maneira muito mais fácil de enriquecer do que escrever o seu próprio livro.
Mas a teia de mentiras torna-se tão extensa que Brendan tem dificuldade em manter a sua história. E com a polícia, a sua mulher e uma série de amigos a fazerem perguntas sobre o vizinho e o seu best-seller, cedo se apercebe que para roubar um livro também terá que roubar vidas.



Bem que se pode dizer deste livro? Vai lá vai o homem parece um parvalhão e de um momento para o outro faz tudo e mais alguma coisa em que se possa pensar.
No início do livro dei umas valentes gargalhadas mas à medida que a história ia avançando foi perdendo o lado cómico e ficou o mais sério. O raio do livro parece que estava embruxado por mais que fosse feito para despistar quem estava desconfiado mais essa pessoa ficava a saber que tinha na posse uma nova prova para desconfiar, resultado havia sempre pontas soltas se não fosse isso o livro perdia muito valor e acção porque durante toda a narrativa ficamos na expectativa para ver o que acontece depois de ser publicado o malfadado livro que até ao final nunca a chega a ser.
Confesso que quando cheguei a mais de meio do livro perdi o embalo que levava no início e comecei a pensar se o deveria terminar.