quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A Irmandade


Autor: Robyn Young
Data de Publicação: Março de 2009
Editora: Civilização Editora
Páginas: 494
ISBN: 978-972-26-2460-2


Criado no seio da poderosa Ordem dos Templários, Will enfrenta um longo e sofrido período de aprendizagem às ordens do temperamental padre Everard, antes de conseguir tornar-se cavaleiro. Enquanto luta para sobreviver à rígida disciplina do Templo, Will tem de tentar perceber várias incógnitas: o seu próprio passado, o perigoso mistério que rodeia Everard e os sentimentos confusos que lhe desperta Elwen, a decidida jovem cujo caminho parece estar sempre a cruzar-se com o seu. Entretanto uma nova estrela se levanta no Oriente. O antigo escravo Baibars, um guerreiro impiedoso e um brilhante estratega, tornou-se um dos maiores generais e governantes do seu tempo. Perseguido pela sua vida passada, Baibars é conduzido por um desejo inabalável de libertar o seu povo dos invasores europeus. As duas histórias vão cruzar-se durante o extraordinário choque de civilizações a que no Ocidente se deu o nome de Cruzadas. O cavaleiro cristão enfrentará o guerreiro muçulmano numa luta que reflecte a ganância, a ambição e o fanatismo religioso que os move mas também a coragem, o amor e a fé.


Bem nem sei que dizer acerca deste livro, lá me vou repetir novamente, mas não o pensava ler tão cedo, mas como vou efectuar uma troca..., as descrições são muito bem feitas, levando o leitor a criar uma imagem do que foi descrito com o olho da mente. Ao longo da narrativa vamos acompanhando o jovem Will e o seu crescimento ao mesmo tempo que acompanhamos o desenvolvimento das cruzadas e que temos conhecimento dos vários comandantes do exército muçulmano.
Por vezes pode parecer um pouco repetitivo, chegando mesmo a ser maçudo quando trata das batalhas, mas é compensado com todas as peripécias porque passam Will e os seus amigos, descortinando-se lá bem no fundo o prenúncio de um romance.
Recomendo bastante.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Pânico


Autor: Jeff Abbott
Data de Publicação: Fevereiro de 2008
Editora: Civilização Editora
Páginas: 466
ISBN: 978-972-26-2519-7


A vida corre bem a Evan Casher. Com 24 anos a sua carreira como realizador de documentários está em plena ascensão e a sua relação com a namorada Carrie não podia correr melhor. Depois de um telefonema urgente da mãe, Evan parte para Austin. Aí o inesperado acontece. Encontra a mãe brutalmente assassinada e escapa por pouco a uma tentativa de homicídio. Raptado do local do crime por um mercenário enigmático movido por razões desconhecidas, Evan vê-se confrontado com a dura realidade: toda a sua vida é uma mentira meticulosamente construída. A única esperança de sobrevivência de Evan é esconder a verdade sobre o passado da sua família…e confrontar uma organização criminosa poderosa e implacável capaz de tudo para manter os seus segredos bem enterrados. Com os assassinos da sua mãe cada vez mais perto e sem ninguém em quem confiar - nem a polícia, nem o pai, nem a namorada - embarca numa busca perigosa que o leva do Texas a Nova Orleães, Londres e Miami. Recheado de personagens inesquecíveis e de súbitas reviravoltas, Pânico é um thriller de fazer parar a respiração, sobre a determinação de um homem que quer reaver a sua vida roubada.



Bem confesso que não fazia tensões de ler este livro, mesmo tendo ouvido falar tanto e tão bem dele, mas como o adquiri numa troca de livros e visto que vou trocá-lo novamente pensei em pelo menos tentar lê-lo só para não ficar com remorsos e ainda bem.
A história está muito bem contada e deixa-nos constantemente a pensar que será que vai acontecer a seguir e será que os diferentes planos terão sucesso ou serão um fracasso.
Ao longo da narrativa ficamos a par da maioria dos segredos e mesmo na recta final é ficamos a saber o maior segredo de todos é finalmente revelado.
Gostei muito e dei comigo presa logo no início da trama quando tudo o que parece afinal não é nada disso.
Leiam que não se vão arrepender.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Vozes Silenciosas


Autor: Torey Hayden
Data de Publicação: Março de 2011
Editora: Editorial Presença
Páginas: 359
ISBN: 978-972-23-4515-6



Torey Hayden é sobretudo conhecida por sustentar o argumento dos seus livros em casos verídicos, num registo de não-ficção que desafia os leitores a mergulharem num universo real. Em Vozes Silenciosas, a autora americana traz-nos um romance, o seu primeiro publicado em Portugal, sobre uma família disfuncional, uma criança diagnosticada como autista e os esforços de um psiquiatra para os ajudar. Quando Conor, de nove anos, chega ao consultório do pedopsiquiatra James Innes, traz já com ele o diagnóstico de autismo. Conor não estabelece contacto visual e filtra o que o rodeia através de um gato de brinquedo, repetindo a frase «o gato sabe». Mundialmente conhecida pelos seus bestsellers baseados nas suas experiências profissionais, Torey Hayden apresenta agora um romance inesquecível sobre o que acontece quando a realidade e a imaginação se confundem.


Nunca tinha lido nada desta autora por isso foi uma estreia e ainda pensei que era um livro muito forte e que ia ficar angustiada, mas afinal não aconteceu nada disso.
É uma história muito fluída que é capaz de prender logo no início, mas quando é a Laura a falar realmente ficamos sempre na dúvida se estará a falar a verdade.
O final é surpreendente embora lá pelo meio do livro comecemos a desconfiar da Laura ter parte activa no desfecho.
Agora depois de ler este livro fiquei curiosa em relação aos outros livros da autora.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O Preço do Sal


Autora: Patricia Highsmith

Edição/reimpressão: 1993

Páginas: 272

Editor: Publicações Europa-América

ISBN: 9721032360



Para quem se acostumou a ler apenas os policiais desta escritora, cá está uma obra que irá certamente surpreender. Será interessante mencionar que o livro foi publicado pela primeira vez em 1952, sob o pseudónimo de Claire Morgan, tendo sido rejeitado pelo editor habitual da autora.

Causou, desde logo, algum furor nos Estados Unidos, não tanto por apresentar uma relação de amor entre duas mulheres, mas por terminar de um modo muito diferente do que era hábito até à data. O amor entre Therese e Carol é descrito de uma forma sensível, sem excessos, sem sordidez. Faz parte do romance uma certa dose de sensualidade, mas sem incursões pelo erotismo.

Patricia Highsmith retrata de uma forma muito crítica a sociedade americana da primeira metade do século XX, a mentalidade tacanha de algumas classes sociais, a hipocrisia da sociedade, a exploração do trabalho feminino nos grandes armazéns, o egocentrismo dos membros do jet-set da época. Mas também nos descreve o oeste americano, a vastidão do celeiro da América, as montanhas quase despovoadas. Do mesmo modo, transmite-nos a força daquelas que resolveram lutar pelos seus sentimentos, sacrificando partes consideráveis das suas vidas, sendo aberta ou sub-repticiamente criticadas e, em muitos casos, simplesmente ostracizadas, por não se limitarem a ser esposas e mães… por quererem ser, acima de tudo, mulheres.

Para ser lido de mente aberta, sem preconceitos e com uma grande dose de sensibilidade.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Iluminada


Autora: Patrizia Carrano

Edição/reimpressão: 2003

Páginas: 222

Editor: Círculo de Leitores

ISBN: 972422416



Patrizia Carrano apresenta-nos uma obra muito interessante sobre a primeira mulher doutorada do mundo, Helena Lucrécia Cornaro, natural da cidade de Veneza.

Este acontecimento tão relevante ocorreu em Pádua, a 25 de Junho de 1678, e teve repercussões por todo o mundo, tendo sido aclamado e felicitado por estudiosos da época, provenientes dos mais diversos locais.

Helena Cornaro é-nos apresentada como alguém dedicado à aprendizagem, desde tenra idade. Essa aptidão foi desenvolvida com a ajuda da sua família, tendo o pai desempenhado um papel muito relevante na educação da jovem, não só por lhe proporcionar os meios para a desenvolver (numa época em que poucas eram as mulheres a quem era dada permissão para dedicar a sua vida aos estudos), mas especialmente por a incentivar e por envidar todos os seus esforços para que o mundo académico a reconhecesse como alguém de imensas capacidades e valor.

O livro, que a própria autora reconhece não ser uma biografia, descreve, no entanto, pessoas e acontecimentos reais, conjugando-os com personagens ficcionais e acontecimentos inventados. Este processo dá uma grande liberdade de movimentos à autora, permitindo-lhe explorar aspetos sociais, económicos e políticos do século XVII; a relação do ocidente com o oriente, nomeadamente no que se refere às diferentes formas de olhar para a ciência, a medicina… A leitura é agradável e a narrativa está bem construída.

Vale a pena ler, especialmente por quem gosta de saber sempre mais.

domingo, 11 de setembro de 2011

Os Pilares da Terra II


Autor: Ken Follett
Data de Publicação: Setembro de 2008
Editora: Editorial Presença
Páginas: 596
ISBN: 978-972-23-3819-6


Do mesmo autor do thriller "A Ameaça", chega-nos o primeiro volume de um arrebatador romance histórico que se revelou ser uma obra-prima aclamada pela comunidade de leitores de vários países que num verdadeiro fenómeno de passa-palavra a catapultaram para a ribalta. Originalmente publicado em 1989, veio para o nosso país em 1995, publicado por outra editora portuguesa, recuperando-o agora a Presença para dar continuidade às obras de Ken Follett. O seu estilo inconfundível de mestre do suspense denota-se no desenrolar desta história épica, tecida por intrigas, aventura e luta política. A trama centra-se no século XII, em Inglaterra, onde um pedreiro persegue o sonho de edificar uma catedral gótica, digna de tocar os céus. Em redor desta ambição soberba, o leitor vai acompanhando um quadro composto por várias personagens, colorido e rico em acção e descrição de um período da Idade Média a que não faltou emotividade, poder, vingança e traição. Conheça o trabalho de um autêntico mestre da palavra naquela que é considerada a sua obra de eleição.



Bem este livro é tão fantástico que fiquei sem palavras é que nem chega aos pés do primeiro volume, é mesmo emocionante cheio de mistérios, traições, conspirações, vigarices, mas o final é surpreendente e deixa qualquer um de boca aberta pois todos os segredos e tramoias continuam até ao fim e mesmo, mesmo na recta final tudo é revelado e é-nos dado a saber o final de todos as personagens que nos acompanharam ao longo da história.
Recomendo sem a mínima sombra de dúvida.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O Codex Maia


Autor: Douglas Preston
Data de Publicação: Outubro de 2007
Editora: Saida de Emergência
Páginas: 300
ISBN: 978-972-8839-86-4


"Saudações do mundo dos mortos", declara Maxwell Broadbent na cassete de vídeo que deixou para trás depois do seu misterioso desaparecimento. Notório caçador de tesouros e ladrão de túmulos, Broadbent acumulou muitos milhões de dólares em arte, jóias e artefactos antes de desaparecer — juntamente com toda a sua colecção — da sua imensa mansão.
No início, suspeitou-se de assalto, mas a verdade provou ser bastante mais estranha: como desafio final para os seus três filhos, Broadbent enterrou-se a si e ao seu tesouro algures no mundo, escondido como um faraó egípcio da Antiguidade. Se os filhos quiserem reivindicar a sua fabulosa herança, terão de encontrar o túmulo cuidadosamente ocultado pelo pai.
Os dados estão lançados, mas os três irmãos não são os únicos a competir pelo tesouro. Com tantos milhões de dólares em jogo, bem como um antigo codex maia que pode conter a cura para o cancro, em breve outras pessoas se juntam à caçada... e nada fará parar algumas delas para conseguirem o que está na sepultura.



Bem realmente foi fantástico, a primeira vez que li algo do autor foi o "Blasfémia", mas fiquei fã são daqueles livros que nos deixam em suspenso até ao fim, tendo sempre algo que revelar.
E este também não lhe fica atrás deixado muitos mistérios logo no início para nos acicatar, e ao longo da narrativa vão sendo descobertos outros tantos e conforme se vai aproximando do final todos são explicados e revelados.
Um livro cheio de acção, mistério e alguma dose amor.
Recomendo vivamente.

E como não poderia deixar de ser agradeço à Mira pelo empréstimo, só peço desculpa pela demora.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A Biblioteca


Autor: Zoran Zivkovic
Data de Publicação: Setembro de 2010
Editora: Cavalo de Ferro
Páginas: 101
ISBN: 978-989-623-137-8


Livro vencedor do prestigiado World Fantasy Award, A Biblioteca reune seis histórias fantásticas ligadas à bibliofilia, fazendo-nos pensar em Jorge Luis Borges e na sua biblioteca infinita, mas também no universo de Kafka ou de Umberto Eco. No conto de abertura, um escritor descobre um site onde todos os seus livros, inclusive os que ainda não escreveu, se podem consultar; num outro, uma comum biblioteca transforma-se durante a noite num arquivo de almas; noutro, ainda, o Diabo decide estabelecer os níveis da literacia infernal...




Um livro pequeno que nos proporciona umas gargalhadas valentes. Uma série de contos pequenos que nos deixam a rir e que por vezes nos identificamos com eles, adorei o conto onde o Diabo está muito preocupado por as pessoas não lerem e então decide em vez dos castigos ditos normais que se esperam nos inferno, serem obrigados a ler.
É um livro que só se lendo se fica a saber como apreciar, e quando tentamos passar em palavras aquilo que o livro nos transmite acabamos por não conseguir arranjar palavras para nos expressarmos correctamente.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A Tormenta de Espadas

A Tormenta de Espadas



Autor: George R. R. Martin
Data de Publicação: 2008
Editora: Saída de Emergência
Páginas: 544
ISBN: 9789896370718

Sinopse
Os Sete Reinos estremecem quando os temíveis selvagens do lado de lá da Muralha se aproximam, numa maré interminável de homens, gigantes e terríveis bestas. Jon Snow, o Bastardo de Winterfell, encontra-se entre eles, debatendo-se com a sua consciência e o papel que é forçado a desempenhar.
Todo o território continua a ferro e fogo. Robb Stark, o Jovem Lobo, vence todas as suas batalhas, mas será ele capaz de vencer as mais subtis, que não se travam pela espada? A sua irmã Arya continua em fuga e procura chegar a Correrrio, mas mesmo alguém tão desembaraçado como ela terá dificuldade em ultrapassar os obstáculos que se aproximam.
Na corte de Joffrey, em Porto Real, Tyrion luta pela vida, depois de ter sido gravemente ferido na Batalha da Água Negra, e Sansa, livre do compromisso com o rapaz cruel que ocupa o Trono de Ferro, tem de lidar com as consequências de ser segunda na linha de sucessão de Winterfell, uma vez que Bran e Rickon se julgam mortos.
No Leste, Daenerys Targaryen navega na direcção das terras da sua infância, mas antes terá de aportar às cidades dos esclavagistas, que despreza. Mas a menina indefesa transformou-se numa mulher poderosa. Quem sabe quanto tempo falta para se transformar numa conquistadora impiedosa?

terça-feira, 6 de setembro de 2011

A Biblioteca de Zoran Živković




O que se passa com A Biblioteca de Zoran Živković é que ficamos perante um problema de gestão de expectativas, plantado pela Cavalo de Ferro quando esta opta por transcrever uma parte de uma crítica do The New York Times Book Review que remete a obra para um patamar superior.  

A Biblioteca é uma interessante colectânea de contos (estranhamente ganhou o World Fantasy Award, em 2003, na categoria de novela), mas está longe de ser uma obra-prima ao nível da obra de J. L. Borges. Os seis contos que a constituem tem a mesma estrutura circular que os de Borges e em muito vão beber na relação que o mestre argentino tinha com os livros e as bibliotecas, mas morrem aí as similitudes. 

 

São seis bibliotecas: virtual, particular, nocturna, infernal, minimal e requintada que nos vão sendo descritas, contadas e vividas e na verdade acabam por nos ficar próximas, mas não tão próximas como deviam, pois algum tempo volvido o que resta delas é um esbatida memória do que nos foi contado. 

 

Para que a surpresa e quem sabe algum deslumbre se não perca, não me irei estender sobre os universos que povoam cada conto, mas não deixarei de apresentar uma alternativa ao desfecho do último de modo a o tornar mais coerente. Assim, de forma a fugir ao trivial, este assomo bibliofágico, A Biblioteca Requintada, teria de ter um desfecho em que o livro desaparecia depois de iniciada a sua leitura, demonstrando-se assim a sua inferioridade ou encadernando-o de modo a lhe atribuir “nobreza” necessária, desaparecendo este depois de ter sido transformado. Este acto de bibliofagia lembra-me demasiado a querida ratazana Firmin ou as degustações de Ratatui que apesar de me terem agradado imenso, me surgem aqui disparatadas.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Expiação


Autor: Ian McEwan

Edição/reimpressão: 2007

Páginas: 420

Editor: Gradiva

ISBN: 9789726628224


Com este romance, o conceituado escritor Britânico Ian McEwan recebeu os prémios US National Book Critics Circle 2002 e WH Smith 2002 para o melhor livro de ficção.

A ação tem início no Verão de 1935, em Inglaterra. Briony Tallis, uma adolescente com uma imaginação prodigiosa, espera ansiosamente o regresso a casa do seu irmão Leon. Na casa da família Tallis encontram-se também Cecilia, a filha mais velha dos Tallis; Paul Marshall, amigo de Leon; Robbie, o filho de uma criada, recém-chegado de Cambridge onde esteve a estudar a expensas do senhor da casa. Esse Verão ficará gravado na memória de Briony, Cecilia e Robbie, pelos piores motivos, fazendo com que as suas vidas fiquem para sempre interligadas.

A imaginação de Briony revela-se de grande importância para o desenrolar da narrativa, a partir do momento em que esta vivencia determinados acontecimentos, à luz de algo de que é testemunha no jardim dos Tallis, influenciando desse modo as vidas de todos os que a rodeiam, e a sua própria vida.

Partindo desse Verão, acompanhamos as personagens no período imediatamente anterior à Segunda Guerra Mundial, bem como ao longo de todo o conflito, e para além dele.

Eis um romance sobre a adolescência, sobre a guerra, sobre os medos e a necessidade de os ultrapassar, sobre as relações entre classes na Inglaterra da primeira metade do século XX, sobre a culpa e a necessidade de expiar essa mesma culpa e de ser absolvido.

Para ler sem pressas e com muita concentração, mesmo porque o final consegue ser bastante surpreendente…

domingo, 4 de setembro de 2011

O Jardim das Sombras


Autor: Mark Mills
Data de Publicação: Agosto de 2008
Editora: Civilização Editora
Páginas: 314
ISBN: 978-972-26-2635-4

O encantador jardim renascentista de uma villa italiana esconde um mistério. O passado e o presente encontram-se em duas histórias de amor, vingança e assassinato separadas no tempo 400 anos…

O jardim da Villa Docci, no coração da Toscana, dedicado à memória da jovem esposa de um nobre do século XV, é um mundo misterioso de estátuas, grutas, trilhos serpenteantes e epígrafes clássicas, que poderão ocultar uma mensagem secreta. O jovem Adam Strickland, da Universidade de Cambridge, parece ser a pessoa certa para decifrar o mistério. Viaja para a Itália e conhece a família Docci, tão sedutora como a villa que habita e o respectivo jardim. Mas a Itália do pós-guerra ainda é um local estranho e perigoso, e os Docci parecem esconder alguns esqueletos no armário… Será que uma nova tragédia irá ter lugar na amaldiçoada Villa Docci?


Bem comprei este livro pela sinopse que me chamou a atenção, mas confesso que se não fosse por causa de efectuar uma troca de livros o tinha deixado a meio, visto que se estava a mostrar enfastiante, sempre com a mesma coisa a acontecer jantares atrás de almoços e festas, quando o mistério deo jardim estava por descobrir e todo o intrincado de mistério que envolvia o crime passado dentro da Villa.
Mas ainda bem que o acabei pois apartir de uma certa parte tudo começa a ficar cada vez mais misterioso, e começam a cair pontas soltas que se vão ligando e deixando os intervenientes da trama a mostrarem quem realmente são, mas confesso que mesmo assim o carácter dona senhora Docci deixa ainda muita coisa como que a pairar, fiquei com a sensação que a história não acaba ali.
Para quem gosta de um bom quebra cabeça e de mistérios que parecem não ter fim tem aqui uma óptima escolha.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

A Caverna

Autor: José Saramago

Edição/reimpressão: 2000

Páginas: 352

Editor: Editorial Caminho

ISBN: 9789722113663

Coleção: Obras de José Saramago



Neste livro tudo gira à volta de uma olaria tradicional, que se esforça por sobreviver, quando o seu mercado se reduz a um grande centro comercial, que progressivamente se descarta dos seus produtos. O oleiro Cipriano Algor e a sua filha Marta tentam remar contra a maré e sobreviver às investidas do Centro, que os alicia com todas as suas maravilhas, enquanto tenta retirar-lhes tudo aquilo com que sempre conviveram. Será que conseguem resistir à força do progresso?

Os livros de José Saramago são, por vezes, considerados de difícil leitura. Pois, esta obra deixa-se ler com relativa facilidade, talvez porque trata de aspectos muito presentes no mundo de hoje: a lenta morte do comércio tradicional que não se consegue adaptar à proliferação de grandes superfícies; a incapacidade do indivíduo reagir à pressão de grupos fortes, que fazem com que o caminho para o desemprego seja também o caminho para a perda gradual de liberdade e de sentido para a vida.

Mas a narrativa não se esgota nestes temas. Lida também com a capacidade que qualquer pessoa tem de se manter útil, à medida que vai envelhecendo; com a energia que faz com que, nos piores momentos, os indivíduos superem as suas dificuldades; com o desejo que temos de nos sentirmos acompanhados e “vivos”, nas diversas etapas das nossas vidas.

Compete a cada leitor, à medida que vai lendo esta obra, descobrir a tal caverna que lhe dá título…

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

O Dom I


Autor: Alison Croggon
Data de Publicação: Julho de 2009
Editora: Bertrand Editora
Páginas: 212
ISBN: 978-972-25-1900-7

O primeiro livro da saga Crónicas de Pellinor, intitulado O Dom, conta-nos a história de uma criança que perde os pais na guerra de Pellinor. Maerad, a criança, vem a descobrir que tem um maravilho Dom, mas não sabe o que fazer com ele. Só quando é descoberta por Cadvan, um dos grandes bardos de lirigion, a verdade da sua herança é revelada e Maerad saberá que tem de sobreviver às forças das trevas.


Bem de início achei o livro um pouco estranho e sem graça nenhuma, mas há medida que a narrativa foi evoluindo tudo mudou.
É deveras emocionante, cheio de aventuras e quando da-mos por nós já estamos literalmente presos, cheios de vontade de saber mais, mas não sei porque raio dividiram o livro em dois volumes visto o primeiro volume ser tão pequeno e quando a história atinge aquele ponto em que fica deveras intrigante o livro acaba, deixando um grande pesar para além que como eu não tem o segundo volume.
Recomendo vivamente.