quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

A Rapariga de Tânger


A rapariga de Tânger
Frank Gold

Quando me passaram o livro para as mãos foi com a promessa de um policial escrito por um português, engraçado. Terminei o livro e não o posso elogiar em demasia, é certo que tenho lido vários clássicos dos policiais, por isso talvez não tenha sido a melhor altura para ler este livro. A rapariga de Tânger é mais um thriller de gangsters americanos. O que não poderá ser comparado aos policias da Agatha Christie, do Sir Conan Doyle ou mesmo do Georges Simenon, todos de géneros diferentes.

O herói, Frank Gold é um jornalista americano que investiga por conta própria redes de trafico droga. Em situações perigosas não perde o sangue frio e está constantemente a apanhar umas valentes "porradas". Mas não desiste. A trama passa-se entre Tânger/Marrocos e Lisboa. Pelo meio existem lindas mulheres, vestidas com roupas leves, transparentes e que ficam encantadas pelo Frank. É um thriller muito básico, e com um fim previsível, mas que dá para passar umas horas agradáveis. No entanto é de realçar, que devo ter demorado 3 semanas para ler o livro, e que pelo meio li uns outros 3.

Sobre o autor fiquei curiosa, descobri que Frank Gold é o pseudónimo de Luís Campos. Que tem uma obra de alguma contróversia, O caso do estripador de Lisboa, escrito no inicio da década de 80 e que dez anos depois foi "copiado" se assim se pode chamar, por um assassino. Isto não seria inédito se o próprio escritor não tivesse sido investigado pela PJ. Talvez opte por ler este livro, dando uma segunda hipótese ao autor. Desconfio que este livro seja no entanto uma replica do Jack o Estripador.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

A primeira investigação de Poirot


A primeira investigação de Poirot
Agatha Christie


Ao ler a obra, notamos que se trata das primeiras obras com Poirot a investigar. O perfil de Poirot já se apresenta bem definido. As linhas de carácter que lhe conhecemos já existem. Por sua vez é a primeira obra que leio com o amigo de Poirot, o Sr. Hastings. Este por sua vez é uma personagem bastante divertida, pois não consegue ver nada diante do nariz. O ego dele, impede-o de perceber o que Poirot lhe vai dando como indícios. Nunca ouve tudo o que Poirot lhe diz, não toma atenção aos "agora", ou aos "depois". Poirot cansa-se de lhe dar informação, mas Hastings só vê mesmo o básico.


"Encaremos o assunto do seguinte modo: Temos um homem que, digamos, decide envenenar a mulher. É um homem que tem vivido de expedientes, ao que consta, e presumivelmente, portanto, tem uma certa inteligência. Não é parvo nenhum. Muito bem. Como procede ele, para pôr em prática a decisão tomada? Vai temerariamente ao farmacêutico da aldeia e compra estricnina, no seu próprio nome, inventando para tal uma história acerca de um cão, uma história que inevitavelmente se verificará ser absurda. Não utiliza o veneno nessa noite: espera até ter uma violenta discussão com a mulher, uma história de que toda a gente da casa toma conhecimento e que, naturalmente, ainda mais suspeito o torna. Não prepara nenhuma defesa, nem a sombra de um alibi, embora saiba que o ajudante do farmacêutico terá por força de revelar os factos. Ora adeus, não me peça para acreditar que é possível algum homem ser tão idiota! Só um doido que quisesse suicidar-se levando a que o enforcassem procederia assim!"

A intriga é bastante elaborada, e não é simples de se lá chegar, Poirot vai dando vários indícios e "contra" indícios, e Hasting por sua vez, apenas nos confunde mais com os seus comentários. A meio da obra, todos os intervenientes já foram considerados culpados e ilibados pelo Poirot e pelo Hasting. O fim é bastante engraçado, porque no fim, Poirot faz todos acreditar (inclusive, o leitor mais distraído) que estava a agir de uma maneira e depois... Um livro interessante, onde existem umas 20 páginas desnecessárias mas o conjunto é satisfatório.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Software para Editar Post Offline

Software para Editar Post Offline.

Decidi partilhar aqui este programa para Editar post no blog mesmo estando offline, pois torna-se muito útil e fácil de usar para quem tem um ou mais blogs. Sabendo que a maioria de pessoal que por aqui anda tem blogs e sendo eu informática... bem decidi juntar as duas coisas e fazer um post simples sobre o w.blogger.

Qual a utilidade? Bem, imaginem que ficam sem internet, ou que vão de fim-de-semana para a aldeia, ou estão em qualquer lado onde simplesmente não tem acesso à rede. Num café junto à praia, por exemplo, e simplesmente apetece-vos escrever no blog. Então simplesmente pegam na vossa caneta usb (onde tem o programa) usam o vosso pc e já está! Escrevem um comentário.

Portável?
Sim, podem ter o programa numa caneta usb ou em qualquer lado, é só fazer o download, descompactar para a caneta e clicar no programa que tem a extensão "exe".

Serve para o blogger? E para o WordPress?
Suporta muitas ferramentas/páginas mesmo, contei mais de 15, das quais não conhecia 75%.

E as funções do editor do blogger? Tem todas as funções e muitas mais, como por exemplo tabelas.

Desvantagens?
Bem até agora encontrei estas:
  • Falta o dicionário de português para a correcção ortográfica;

  • Não consegue adicionar titulo nem "marcadores" (mas estão a tentar adicionar isso ao programa);

  • No caso do Blogger.com carregar imagens podia ser mais simples, mas pelo que li, é um problema do blogger especificamente;

  • Para quem não conhece html, vai ver algumas anotações de html pelo editor, mas são poucas e que torna o código muito mais limpo;
Vantagens?
  • De fácil uso;

  • Podemos fazer post para todos os nossos blogs e para várias contas se as tivermos;

  • Tem todas as funções do editor do blogger;

  • Usa-se onde se quiser;

  • Não é preciso instalar.
Lista de outros Editores de Blogs:
PS.: Este Post foi feito no w.blogger, e só não consegui pôr com a letra que queria.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

O Mistério do Comboio Azul



O Mistério do Comboio Azul
Agatha Christie


Descrição editora:
"
Ruth recebe do pai, um milionário americano, uma extraordinária jóia que encerra “um rasto de tragédia e violência”. Embora seja avisada de que não deve transportá-la para fora do país, Ruth decide levá-la consigo quando parte para Nice a bordo do famoso Comboio Azul. A notícia do seu assassinato será para todos um imenso choque… e mais um desafio para Hercule Poirot. O Mistério do Comboio Azul (The Mystery of the Blue Train) foi originalmente publicado na Grã-Bretanha, em 1928, ano em que foi igualmente publicado nos Estados Unidos."

A obra comparada com os outros livros de Agatha Christie fica muito aquém. Para policial é um pouco sentimental, explora as emoções das personagens, e afasta-se da historia principal do livro - o assassinato. Poirot chega a não ser a personagem mais importante do livro. Mesmo a investigação não é tão importante e interessante. A escritora parece deixar-nos um pouco de parte a conhecer as personagens, enquanto Poirot investiga o assassinato sozinho e "longe de nos". A intriga, ficamos a saber por uma das personagens enquanto esta olha para um recorte de jornal. Aí indirectamente Agatha Christie dá-nos a informação de quem é o assassino. Mas durante o livro, isso deixa de ser o tema mais desenvolvido.
Resumindo, o livro não é muito interessante de se ler.



sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Agatha Christie

Os livros de Agatha Christie

Lista longa de leitura que terei pela frente. Estes são apenas as obras que Agatha Christie escreveu em que os intervenientes foram Poirot ou Miss Marple, pois a escritora tem muitas outras obras alem destas.



1920 A Primeira Investigação de Poirot
1922 0 Adversário Secreto
1923 Poirot,0 Golfe e o Crime
1924 O Homem do Fato Castanho
1925 0 Segredo de Chimneys
1925 Poirot Investiga
1926 O Assassinato de Roger Ackroyd
1927 As Quatro Potências do Mal
1928 O Mistério do Comboio Azul
1928 Os Treze Problemas
1929 0 Homem Que Era o N.016
1929 0 Mistério dos Sete Relógios
1930 Encontro com Um Assassino
1930 0 Mistério de Sittaford
1931 A Diabólica Casa Isolada
1932 Parker Pyme Investiga
1933 A Morte de Lord Edgware
1933 Testemunha de Acusação
1933 Um Crime no Expresso do Oriente
1933 Perguntem a Evans
1934 0 Mistério de Listerdale
1934 Tragédia em Três Actos
1935 Os Crimes do ABC
1935 Morte nas Nuvens
1935 Assassinio na Mesopotâmia
1936 Cartas na Mesa
1937 Morte no Nilo
1937 Poirot Perde Uma Cliente
1937 Crime nos Estábulos
1938 Morte entre as Ruinas
1938 0 Natal de Poirot
1938 Matar É Fácil
1939 Convite para a Morte
1939 Poirot Salva o CrIminoso
1939 O Mistério da Regata
1939 Os Trabalhos de Hércules
1940 Os Crimes PatrIóticos
1940 As Férias de Poirot
1941 Tempo de Espionagem
1941 Um Cadáver na Biblioteca

1941 Poirot Desvenda o Passado
1942 O Enigma das Cartas Anónimas
1944 Contagem até Zero
1944 A SazIde da... Morte
1945 Mower Não É o Fim
1946 Poirot o Teatro e a Morte
1948 Arrastados na Torrente
1948 A Última Razão do Crime
1950 Participa-se Um Crime
1951 Encontro em Bagdad
1951 A Ratoeira
1951 Poirot Contra a Evidência
1952 Jþ'ogo de Espelhos
1953 Os Abutres
1953 Centeio Que Mata
1954 Destino Desconhecido
1955 Poirot e os Erros da Dactilógrafa
1956 Poirot e o Jþogo Macabro
1957 O Misterioso Mr. Quin
1957 O Estranho Caso da Velha Curiosa
1958 Cabo da Víbora
1959 Poirot e as Jþóias do Principe
1960 A Aventura do Pudim de Natal
1961 O Cavalo Pálido
1962 O Espelho Quebrado
1963 Poirot e os 4 Relógios
1964 Mistério nas Caraíbas
1965 Mistério em Hotel de Luxo
1966 Poirot e a Terceira Inquiltna
1967 Noite sem Fim
1968 Caminho para a Morte
1969 Poirot e o Encontro ,þ'uvenil
1970 Passageiro para Francoforte
1971 Nemesis
1972 Os Elefantes Não Esquecem
1973 Morte Pela Porta das Traseiras
1974 Ninho de Vespas
1975 Cai o Pano (O Último Caso de Poirot)
1976 Crime Adormecido
1979 Os Ultimos Casos de Miss Marple


Verde - O que já li;
Vermelho - O que estou a ler;

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

A Aventura do Pudim de Natal


A Aventura do Pudim de Natal
Agatha Christie

Achei de tal modo, o início do livro, delicioso, como se de um Pudim de Natal se tratasse, que achei por bem, parar o "A Rapariga de Tânger", que por sua vez de divertido e cativante nada tem. E quando terminei o livro fiquei realmente satisfeita com o que tinha lido.

O livro é constituído pelos seguintes contos/histórias: "A Aventura do Pudim de Natal", "O Mistério do Baú Espanhol", "O Reprimido", "O Caso das Amoras Pretas", "O Sonho" e "A Extravagância de Greenshaw". Excepto "A Extravagância de Greenshaw", todos os outros contos tem o Herculan Poirot como personagem. "A Extravagância de Greenshaw" tem a querida Ms. Marple, que realmente é uma querida. Neste livro conhecemos um pouco melhor Poirot, tornamo-nos mais íntimos do grande senhor dos mistérios. Todo o livro segue a mesma ideia de crime, a qual não poderei explicar melhor para não estragar a história a ninguém. Mas só para dar uma ideia, as 6 histórias tem imaginem veneno a mistura (não é veneno, é outra coisa), e à segunda historia, já começamos a imaginar por onde será a tramóia. Mas só mesmo por aí, é que conseguimos imaginar o fim dos mistérios, pois tratando-se de histórias muito mais pequenas, temos muito menos informação.


Neste livro a autora consegue pela primeira vez apanhar-me de surpresa, num dos contos "O mistério do Baú Espanhol", porque não há indicio que nos leve à resolução do mistério, obrigando Poirot a permanecer durante um mês junto dos suspeitos de modo a conseguir quebrar os nervos do assassino. No conto "A Extravagância de Greenshaw" a Ms. Marple tira a solução um pouco da imaginação, sem indícios, sem interrogatórios, nem pesquisa no local do assassinato, a querida Ms. Marple sentada no sofá conclui quem é o assassino. É um pouco exagerado. No conjunto gostei muito.

"Primeiro, foi o aviso sinistro para que Poirot não comesse pudim de passas...

Depois, a descoberta de um cadáver dentro de um baú... Em seguida, uma briga, ouvida por acaso, que levou a um assassinato...

Também o estranho caso do morto que alterou seus hábitos alimentares... E o mistério da vítima que sonhou com o próprio suicídio.

Qual a ligação entre esses seis casos espantosos?
"

Estantes caseiras III


Estante caseiras III

Nova estante! Ou melhor, esta estante já tem 1 mês cá em casa, mas pelo menos é novo no blog. ;)

Desta vez, imaginem onde está esta estante...?


Hehehe! Na cozinha! Sei que pode parecer um pouco estranho, mas são os livros de cozinha, logo arranjamos uma estante para a cozinha. É bem gira e original! Foi baratinha até. Mas de difícil montagem para o meu marido.

Aqui ficam algumas imagens com mais pormenor do que se "come" cá por casa...



quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Estantes caseiras II


Estantes Caseiras II

Aqui ficam as estantes da Sala. São só estas duas, mas que esperamos brevemente substituir por umas mais altas e com portinhas de vidro. Ficariam muito catitas. Para já
, cá está a versão completa da estante.



Nestas estantes temos uma parte de livros de História, alguns romances e algumas colecções. Não estão completamente organizadas, porque neste momento não é a prioridade. Agora só quero mesmo conseguir colocar todos os livros nas prateleiras, para ver se não se
estragam. Só depois iremos organizar cada estante/prateleira.






E aqui estão os nossos diabos de Barcelos a tomar conta dos nossos livrinhos.


domingo, 4 de janeiro de 2009

Estantes caseiras I

Estantes caseiras I

Achei a ideia do blog Estante de Livros, de ter fotos das nossas estantes de livros excelente. E como por cá o que não faltam são estantes. Decidi, aos poucos, colocar as fotos de todas as estantes para poderem ver, rir e dar ideias. É que neste momento já não sabemos onde por mais estantes.


Este fim de semana estivemos a montar a nova estante. Uma das mais pequenas, para encaixar num cantinho desaproveitado do nosso quarto. Com 190 de altura, 30 de largura e 20 de profundidade.







Decidimos preenche-la com romance estrangeiro e com a magnifica e hoje extinta colecção dos premiados e nomeados do prémio circulo de leitores, para não ser muito desagradável esteticamente já que era no quarto. Conseguimos libertar 2 prateleiras e já estão lotadas.




Crónicas do tempo (II)

Crónicas do tempo (II)

Vera Lagoa

Alguns excertos que achei do Cronicas do Tempo, que achei por bem adicionar por aqui no blog, para ficarem com uma pequena ideia do quanto se divertia a Vera Lagoa, no seu tempo.


Fizeste bem Rogério Paulo (versão pró)– pág. 73

Confesso, Rogério, que ao ter conhecimento de que tinhas a ser entrevistado para este jornal, fiquei surpreendia. (...)

Sim, porque um homem justo, honesto, recto, sincero como tu, ao ser, entrevistado, teria de dizer a verdade.

(...) Agora o fascismo está dum lado, tu doutro, e eu, ainda, doutro. Estou do lado que não recebe protecções, ordenados acumulados, gasolina a 8$00 e as palmas por ter sido uma lutadora antifascista. Assim, achei de minha obrigação, visto que por ti, dada a tua honestidade e isenção, não te sentirias à vontade para contar a tua vida, fazê-lo eu.

Não seria eu a entrevistar-te. Mas ia ensinar o entrevistador a perguntar-te (...) à custa de quantas mulheres subiste tu na vida.”


Achei esta entrevista uma das mais "deliciosas" do Crónicas do Tempo.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

O Caso dos Dez Negrinhos


O Caso dos Negrinhos ou Convite para a Morte
Agatha Christie

"And Then There Were None, publicado originalmente como Ten Little Niggers em língua inglesa, O Caso dos Dez Negrinhos no Brasil e Convite para a Morte/As Dez Figuras Negras em Portugal é um romance policial de Agatha Christie lançado em 1939."

Para além disso, tenho a dizer que gostei mesmo muito do livro. Considero-o um dos melhores dela e está à altura dos restantes romances policiais que li e que considero bons. É uma obra mais pequena, mas muito fácil de acompanhar. Linguagem fácil e mistério do início ao fim. Tive o palpite do que se passaria desde o início, mas não sabia explicar a tramóia toda, o que é excelente. As personagens não são muito exploradas pela autora e poderiam ser um pouco mais desenvolvidas.

Acho a ideia do livro original, e com um fim delicioso. Fiquei mesmo satisfeita com o bom livro que tinha acabado de ler. Coincidência ou não, talvez por ter lido poucos livros dela ainda, Agatha Christie tem tido nestes livros sempre o mesmo género: utilizar muitas personagens, havendo contra todas vários indícios, e que no fim se prova que estão realmente todas envolvidas. Todas as personagens tem sempre algo a esconder.